Manuel Proença, presidente do grupo Hoti Hotéis, entende que os empresários devem acautelar novos investimentos no futuro. Os que não o fizerem arriscam-se a sofrer repercussões na qualidade do serviço prestado, falava o empresário no primeiro dia do 29.º Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal.
O responsável apelou esta quinta-feira à moderação, lembrando que “a prestação de má qualidade custa-nos muito caro”. “Temos e pode haver mais turistas”, refere, embora defenda que “o ideal seria evitarmos a massificação”. Descentralizar a oferta turística, aponta, poderá ser uma das medidas a tomar pelos empresários do setor.
Segundo Manuel Proença, criou-se a ideia de que “isto é imparável. É infinito”. Mas, o que vivemos, não tem dúvidas: é um boom. Por isso, há que “evitar que depois na ‘ressaca’ haja muito gente queimada”.
O hoteleiro aproveitou também a ocasião para apontar o desinvestimento nas regiões, entendendo que há muitos casos em que o Governo se aproveitou do alojamento local. É que, além do investimento na reabilitação dos centros históricos, “o que antes era feito com dinheiro das câmaras passou a ser feito por privados”, diz.