A secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, participou, esta manhã, no Laboratório Estratégico de Turismo (LET) em São Paulo, o primeiro a decorrer fora da Europa, e que juntou alguns dos principais operadores neste mercado. Aos jornalistas, Ana Mendes Godinho explicou que os operadores e companhias aéreas presentes consideraram que Portugal deve apostar no facto de ser a “porta de entrada da Europa” e direcionar a sua comunicação para alguns segmentos turísticos em que é forte e que são ainda pouco conhecidos pelo mercado brasileiro – um deles é o MICE. O grupo considerou que “há imenso para fazer em termos de crescimento neste segmento para Portugal e que neste momento não está muito desenvolvido no mercado brasileiro” e que há também ainda “um grande défice de conhecimento sobre o destino”. Destacando o facto “de muitos brasileiros estarem a comprar casa em Portugal em vez de Miami, Ana Mendes Godinho acrescentou que, no futuro, o investimento de Portugal neste mercado passará por “encontrar um equilíbrio maior entre a promoção digital e a promoção offline que não houve nos últimos anos”, “reforçar a capacitação das agências de viagens sobre o destino Portugal” e “comunicar de uma forma mais regular os festivais de música, como forma de captar as gerações mais novas”.
Neste focus group, foi ainda destacada ” a capacidade aérea instalada, que neste momento é muito positiva, este ano temos cerca de 60 ligações semanais de doze destinos brasileiros”. Segundo a SET, as grandes motivações que levam os brasileiros a ir a Portugal são as “raízes, a gastronomia, o turismo religioso, a segurança e o facto de ser um destino em que a relação qualidade/preço é muito boa”.
Na sua vinda à ABAV, a Secretária de Estado do Turismo promoveu ainda o Centenário das Aparições de Fátima, que se comemora no próximo ano, e que contará com a visita do Papa. A ideia é explicar que “haverão iniciativas durante todo o ano, nomeadamente, a realização da procissão das velas todos os dias”, acrescentou.
Esta é uma iniciativa que visa recolher contributos para a visão estratégica do turismo nacional até 2027 e que, nos mercados onde já decorreu, francês, inglês, alemão e espanhol, mostrou que existem ainda “algumas debilidades da imagem de Portugal” no estrangeiro.