Raul Martins é o único candidato à presidência da AHP. “Devemos ocupar este lugar, não ficando aqui eternamente. O que eu comuniquei à direção executiva há uns dias é que não me ia recandidatar no processo eleitoral que se vai reliazar no dia 31 de março”, começou por afirmar o atual presidente da AHP, Luís Veiga, esta tarde, em Lisboa.
Segundo o responsável, “deve haver rotatividade e os empresários devem abraçar esta responsabilidade que é ser presidente da Associação da Hotelaria de Portugal. “Perante a minha indisponibilidade houve a disponibilidade de Raul Martins de se candidatar”, afirmou o responsável, acrescentando ter ficado “muito feliz”. “Entrego-lhe este “ónus” com muito prazer porque sei que estamos num bom caminho e vai reforçar ainda mais a posição da AHP a nível nacional”.
Luís veiga afirmou ainda que sai “com uma equipa motivada, que multiplicou em três anos em termos administrativos”. A AHP conta agora com mais 134 associados do que em 2013, o que representa um aumento de 34%. “À data de ontem já tínhamos crescido mais 18 associados, por isso devemos chegar ao fim deste ano com cerca de 600”. O ainda presidente da associação lembrou alguns dos seus principais desafios à frente da associação. “Um dos objetivos que determinei foi posicionar a AHP como parceiro privilegiado da relação com os órgãos públicos e eu penso que isso foi conseguido, embora alguma confrontação que tenhamos tido no último ano com o ex secretário de Estado do Turismo, em alguns diplomas que puseram em causa o equilíbrio na relação entre a hotelaria e os consumidores; em segundo lugar mobilizar os associados para a vida associativa; e como terceiro preparar a AHP para os novos desafios e tendências do mercado. Temos hoje uma hotelaria moderno capaz e claramente muito acima da média”.
Na apresentação da sua candidatura, que decorreu no The Vintage House Hotel, o administrador do grupo Altis explicou que já há seis anos tinha recebido o convite para se candidatar à presidência da associação, mas que na altura não lhe foi possível por “questões empresariais”. “Passados estes anos disponibilizei-me. Como disse o senhor presidente da República, com aquilo que o turismo me proporcionou em 42 anos está na altura de retribuir”, afirmou o responsável, elogiando o mandato de Luís Veiga que agora termina. “Luís Veiga pôs a AHP num nível que até ali não tinha sido conseguido, pelos acordos que conseguiu, pelo número de hotéis que foi capaz de trazer. Cabe-me a mim, para além de seguir esta política de qualificação da associação, consolidá-la”, afirmou.
Luís Veiga não sai da associação ficando como representante da Região Centro na próxima lista. Afirmando que a “AHP tem uma complexidade muito grande”, Luís Veiga afirmou que “estará junto do novo presidente, tornando-lhe a vida mais fácil no início”.
Segundo Raúl Martins, a “direção executiva vai manter-se”. “O conselho geral, que vai ter um papel mais importante, porque os representantes regionais terão assento no conselho geral”, está ainda a ser elaborado.