A Linha de Apoio à Qualificação lançada há um ano esgotou-se durante esse período. Por essa mesma razão foi lançado um reforço onde constam mais 75 milhões de euros para apoiar projetos turísticos.
O protocolo que permite este reforço foi assinado na passada sexta-feira, durante a BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa, entre o Turismo de Portugal, 12 instituições bancárias e a Portugal Ventures, numa cerimónia que contou com a presença do Ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos.
Além deste montante, a linha de apoio conta agora com o apoio da capital de risco Portugal Ventures que vai acrescentar mais 15 milhões de euros, através do novo instrumento financeiro, o Turismo Crescimento FCR. Ao todo são 90 milhões de euros disponibilizados para este apoio.
No entender do Luís Araújo, Presidente de Turismo de Portugal, “havia necessidade de um investimento como este para estimular a atividade”. Mais do que isso, refere, a nova linha consagra novas prioridades e espera que ela “volte a privilegiar os projetos que, pelas suas características, contribuam para a dinamização turística dos centros urbanos, privilegiem a fruição do nosso património cultural edificado e a reabilitação urbana, se traduzam em novos negócios turísticos, nomeadamente na área da animação turística, sejam energética e ambientalmente sustentáveis, e contribuam para a permanência média do turista e para a redução da sazonalidade”. O responsável acrescentou também a previsão de atribuição de um prémio de desempenho para projetos no interior do país.
O financiamento global pode ascender a 75% do valor do investimento, com a possibilidade de um prazo máximo de reembolso de 15 anos, incluindo 4 de carência, sendo, em regra, tal financiamento assumido em 60% pelo Turismo de Portugal, I.P. e em 40% pelo Banco (em casos especiais, como projetos de empreendedorismo, a participação do Turismo de Portugal, I.P. no financiamento é de 75%, cabendo ao Banco assumir 25% do financiamento). A componente do Turismo de Portugal, I.P., no financiamento não vence qualquer juro, regra geral, enquanto a componente de financiamento do Banco vence o juro acordado com a empresa.
Finalmente, Luís Araújo referiu ainda que num ano foram aprovadas 83 operações, com um valor de investimento associado de 133 milhões de euros e um financiamento aprovado de 65 milhões. Em análise estão ainda 28 operações, com um investimento associado de cerca de 32 milhões de euros.
O grupo das instituições de crédito aderentes à Linha reúne o Millennium BCP, Novo Banco, Santander Totta, Banco BPI, Caixa Geral de Depósitos, Banco Popular, Montepio Geral, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, Abanca, Banco Português de Gestão e Banco BIC e Novo Banco Açores.