Sabia que também pode cuidar da sua saúde enquanto faz turismo? Não é novidade e já há muitos a fazê-lo, também em Portugal. Exemplos disso são os programas de bem-estar em spas e centros de talassoterapia, cuidados de saúde no âmbito da estética, termalismo terapêutico, ou mesmo, tratamentos de fertilização assistida ou combate à obesidade, que surgem um pouco por todo o país. E Portugal ambiciona crescer neste campo. Prova disso são os vários negócios que têm surgido neste nicho onde, dos mercados prioritários, se destacam a Alemanha, Bélgica, Áustria, Suíça, Reino Unido, Escandinávia, Espanha e França. Os abundantes recursos termais e de grande riqueza hidrogeológica, existentes sobretudo no Centro e Norte de Portugal, as águas oceânicas ricas para a prática de talassoterapia, espalhadas um pouco por todo o país, e o clima ameno, tão apreciado por quem nos visita, são alguns dos factores que fazem desta uma área de grande potencial turístico. Com resultados crescentes na Europa nos últimos anos, na ordem de 7% a 8%, desde 2000, perspectiva-se que o produto Turismo de Saúde mantenha este desempenho até 2015. Segundo fonte do Turismo de Portugal, este &é um produto com margem para desenvolvimento no nosso país para o qual se antecipa uma procura internacional crescente devido a factores como o aumento da esperança média de vida, o envelhecimento da população na Europa, a consciencialização da necessidade de um maior cuidado com a saúde e o aumento da mobilidade entre países para a realização de cirurgias e tratamentos&. Os gastos médios por turista de saúde variam conforme a motivação da sua viagem. Caso o turista viaje com vista à realização de um tratamento médico, os gastos, podem chegar na Europa aos 400€/turista diariamente, tendo em consideração o alojamento, refeições e os tratamentos especializados de elevado custo. Estas envolvem estadias prolongadas, contando com o período de preparação para o acto médico e o período de recuperação, e acontecem, na sua maioria, fora do período estival.Por sua vez, os tratamentos de saúde e bem estar, estão associados a viagens mais curtas, que oscilam entre um e três dias. No Turismo Médico em Portugal, onde a procura é predominantemente constituída por adultos com mais de 35 anos de idade, há ainda algum caminho a trilhar. &Entre outras acções que podem ser desenvolvidas para reforçar o contributo deste produto, destacam-se a melhoria da visibilidade internacional da oferta (não só através da promoção, como da comercialização); o reforço da componente de turismo médico, tendo em vista a estruturação da oferta de centros de excelência médica com serviços turísticos complementares e o incremento da reputação internacional do País como destino de saúde&, afirma a mesma fonte. Em Portugal, o Plano Estratégico Nacional do Turismo estabelece como mercados prioritários para este produto a Alemanha, a Bélgica, a Áustria, a Suíça, o Reino Unido, a Escandinávia, a Espanha, a Holanda, a França, os Estados Unidos, às Comunidades Portuguesas e aos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. &O termalismo é uma boa alternativa para o combate à sazonalidade& Na opinião de Teresa Vieira, Presidente da Associação das Termas de Portugal (na foto), o turismo de saúde é uma das áreas de maior potencial em Portugal. &Os factores de atractividade do destino Portugal são mais-valias que podem e devem ser trabalhadas na construção de oferta competitiva de produtos de turismo de saúde e bem-estar. Porém, este segmento enfrenta vários desafios, entre os quais a ausência de uma estratégia de promoção nacional&. O termalismo, por exemplo, é segundo a responsável, & uma boa alternativa para o combate à sazonalidade, dado que a maioria dos Balneários Termais funciona todo o ano ou cerca de 10 a 11 meses/ano&.