10 anos Paraty Tech: “Estamos a investir muito tempo e recursos no departamento de I&D para apresentarmos ideias disruptivas”
A Paraty Tech celebra este ano o seu 10º aniversário e, depois de uma festa com parceiros e convidados na cidade onde a empresa tem o seu escritório em Portugal, Albufeira, Diana Costa, country manager para Portugal da Paraty Tech, explica à Ambitur.pt o que significa esta comemoração. E não podia ser mais simples a resposta: “Significa que quando decidimos trazer os nossos serviços e o nosso modelo de colaboração para Portugal, porque sentíamos que tínhamos muito para contribuir aqui, não estávamos errados”.
A responsável sublinha que “a equipa fez e continua a fazer um grande trabalho em termos de fidelização de clientes”, pois além de crescer, conseguiu “manter uma taxa de rescisão quase nula e as nossas relações com os clientes são cada vez mais próximas”.
A verdade é que ao longo destes 10 anos, muito aconteceu mas Diana Costa recorda da “memória muito especial” que a CEO da Paraty Tech guarda: “a da primeira reserva que veio através do nosso motor de reservas, completada por uma família holandesa, que não esqueceremos”.
Outro marco importante da história da empresa foi, sem dúvida, a chegada a Portugal. “Na altura, tudo parecia indicar que este era o passo natural, uma vez que estávamos sediados em Espanha. Hoje, não podíamos estar mais orgulhosos pelo país vizinho representar a primeira grande história de sucesso, no nosso processo de expansão internacional”, frisa.
Já quanto ao maior desafio enfrentado, Diana Costa não tem dúvidas em apontar a pandemia, acreditando porém que “saímos dela mais fortes”, com “a sensação de que, se conseguimos ultrapassar uma paragem absoluta nas viagens e reservas durante quase dois anos, podemos chegar onde quisermos”.
Neste momento, a country manager da Paraty Tech em Portugal assume que “2022 está a correr muito bem, ultrapassando de longe os números de 2019”. Mas não deixa de lembrar que a guerra na Ucrânia e a crise energética subsequente “estão uma vez mais a desestabilizar tudo e a aumentar os níveis de incerteza”. Do lado da empresa, garante que “continuaremos a dar o nosso melhor, sempre conscientes de que a nossa sobrevivência depende da sobrevivência dos hotéis”. Sendo evidente o desejo das pessoas de viajarem, Diana Costa acredita que “isso joga a nosso favor”, havendo agora a “responsabilidade de nos adaptarmos às mudanças do mercado, para que os hotéis possam continuar a vender”.
Para os próximos tempos, são pois muitos os desafios que se impõem. E para uma empresa tecnológica como a Paraty Tech o maior de todos é o de não ficar para trás. Por isso mesmo, está a investir “muito tempo e recursos” no departamento de I&D ((Investigação e Desenvolvimento) com o objetivo de apresentar ideias disruptivas. Ou seja, iniciativas que melhorem a experiência de reserva dos hóspedes e permitam, em simultâneo, aos hotéis inovar a forma como comercializam e ter cada vez mais controlo sobre tudo o que acontece com os seus canais de venda direta.
Antecipando já a crise de poder de compra que se avizinha, a Paraty Tech está já a desenvolver estratégias que favoreçam a mobilidade, sem afetar demasiado a rentabilidade, pois “é provável que as pessoas tenham mais dificuldade em viajar”, explica Diana Costa. Algo que será conseguido através da análise da procura e do revenue management, “uma das nossas áreas de especialização”, garante.
E se bem que é impossível prever onde estará a empresa daqui a 10 anos, pois “as coisas mudam demasiado depressa”, a verdade é que a Paraty Tech pretende continuar a crescer, abrindo novos mercados, sem negligenciar aqueles onde já está presente. Neste momento, o foco é muito na América Latina e, depois disso, talvez a aposta seja os EUA. “A nossa estratégia implica não renunciar aos valores que sempre nos identificaram: cultura centrada no cliente e vanguarda de tecnologia 100% in-house”, resume Diana Costa.
Para já, o mercado pode contar com algumas novidades “na manga” e uma é o lançamento do Price Seeker v4 que, mais do que uma atualização do atual rate shopper, “é uma reformulação e reinvenção completa da nossa ferramenta de revenue mais veterana”, assegura a responsável. Além de incluir inúmeras funcionalidades novas, foi feito ainda um trabalho intensivo no design da experiência do utilizador (UX Design) e na nomenclatura e linguagem utilizadas. “Será mais hotel friendly e potente do que nunca, e o serviço poderá ser contratado diretamente online, sem necessidade de intervenção humana”, desvenda Diana Costa, aproveitando para adiantar que a Paraty Tech conta poder apresentar esta nova ferramenta, em primeira mão, no Congresso da AHP.
Por Inês Gromicho