1ª quinzena de junho: alojamento e restauração com maior número de empresas ainda encerradas

O Instituto Nacional de Estatística e o Banco de Portugal lançaram o Inquérito Rápido e Excecional às Empresas (COVID-IREE), tendo como objetivo identificar os efeitos da pandemia na atividade das empresas. O inquérito diz respeito à primeira quinzena de junho.

O setor “Alojamento e restauração” destacou-se pelo aumento significativo da percentagem de empresas em funcionamento, passando de 59% na quinzena anterior para 77% na quinzena em análise. No entanto, continuou a ser o que tem maior percentagem (22%) de empresas encerradas, temporária ou definitivamente (42% na quinzena anterior).

Entre os setores nos quais maior proporção de empresas reportou reduções no volume de negócios destaca-se o do “Alojamento e Restauração”, com uma descida de 88% (- 3,3 p.p. face à quinzena anterior).

Ainda nos primeiros quinze dias deste mês de junho, 24% das empresas em funcionamento ou temporariamente encerradas referiram ter a expectativa de que demorará mais de meio ano até que o seu volume de negócios volte ao que era normal. Destacam-se neste grupo as empresas dos setores “Alojamento e restauração” (38%). 4% das empresas referiram que o volume de negócios não deverá voltar ao nível normal mas no setor “Alojamento e restauração” esta percentagem foi superior – 11%.

Uma comparação dos resultados da 1.ª quinzena de junho com os da 2.ª quinzena de maio mostra que, no setor do “Alojamento e Restauração”, houve mais empresas (50%) a referir aumentos do volume de negócios do que reduções (22%).

Por setor, as empresas de “Alojamento e restauração” continuaram a destacar-se, com 67% a referirem uma diminuição do pessoal ao serviço (-6 p.p. face à quinzena anterior). Em 29% das empresas deste setor, a redução foi superior a 75% do pessoal ao serviço.

No período em análise, o setor “Alojamento e restauração” registou a maior percentagem de empresas com aumentos no pessoal ao serviço (40% das empresas, que representam 57% do pessoal serviço).

O setor “Alojamento e restauração” continuou a destacar-se no recurso às medidas de apoio, sendo que:
• 41% das empresas já beneficiaram da suspensão do pagamento de obrigações fiscais e contributivas;
• 28% beneficiaram da moratória;
• 22% recorreram ao acesso a novos créditos.