20% dos portugueses “perdem” os seus filhos durante as férias de verão

As férias de verão das crianças já chegaram e com elas chegam também as dos pais e o ir com eles desfrutar a lugares que normalmente estão repletos de pessoas, como praias, piscinas, parques temáticos e centros comerciais…

Mas é necessário ter muito cuidado com os mais pequenos, nesses lugares tão concorridos e com tantas atrações que podem contribuir para lhes chamar a atenção, algo que pôde comprovar o motor de busca de voos e hotéis Jetcost ao identificar que uma em cada cinco famílias portuguesas costuma perder o filho durante as suas férias de verão, embora o mais normal seja que tudo não passe de um susto e que a criança perdida apareça num período de tempo não superior a sete minutos. No entanto, os portugueses não são entre os europeus aqueles que mais crianças perdem durante o verão.

A equipa da Jetcost fez uma pesquisa que faz parte de um estudo sobre as férias em família dos europeus e em particular, daqueles que as desfrutam com os filhos pequenos. A pesquisa foi feita a 3.000 pais (500 de cada nacionalidade: ingleses, espanhóis, italianos, alemães, portugueses e franceses) com mais de 18 anos, com um filho entre três e os 10 anos de idade e que tenham tido férias familiares nos meses de julho ou de agosto, pelo menos uma vez nos últimos dois anos.

Inicialmente a todos os entrevistados foi perguntado se alguma vez tinham “perdido” algum dos seus filhos durante as férias em julho e em agosto durante um curto período de tempo, tendo um de cada cinco pais respondido que sim (20%). Aos que responderam afirmativamente, perguntou-se onde tinha acontecido, tendo sido estas as respostas mais frequentes: na praia, à volta da piscina, num centro comercial, parque temática ou no hotel onde se encontravam de férias.

Cuidados a ter

Em seguida, a todos os pais que tinham respondido terem perdido por algum tempo o seu filho, perguntou-se quanto tempo esteve perdida a criança até que a voltaram a encontrar, tendo estes respondido que durou em média sete minutos.

Também se perguntou como tinha sido organizada a procura: 74% dos pais responderam que tinham pedido ajuda a outros familiares ou amigos, quase metade (48%) tinha pedido ajuda a estranhos e só 14% tinha alertado a polícia ou os empregados. Quando se perguntou porque o não tinham feito, a resposta mais comum foi “porque a criança apareceu antes que os pudesse avisar” (67%) mas quase a metade deles não o fez de imediato porque “sentiram vergonha” (46%).

No que diz respeito aos resultados a nível europeu, os portugueses, embora se considerem um pouco “despistados” no cuidado com os filhos, não são entre os europeus os que mais crianças costumam perder durante as férias de verão, estando atrás dos espanhóis, italianos e alemães. Estas são as percentagens que de acordo com as nacionalidades, alguma vez perderam um dos seus filhos: espanhóis (25%), italianos (24%), alemães (22%), portugueses (20%), ingleses (18%) e franceses (15%).

Um porta-voz da Jetcost afirma: Nas férias é muito difícil estar a controlar os nossos filhos durante as 24 horas do dia e é mais difícil fazê-lo em lugares onde há muita gente e entre ela muitas crianças como em praias, piscinas, parques temáticos e centros comerciais, além disso os pais merecem também uma pausa, daí a nossa recomendação para quando se está num centro comercial deixar os filhos pequenos nos lugares apropriados que costumam existir nos mesmos, pois isso irá permitir que andem mais tranquilos a fazer as compras enquanto as crianças também desfrutam mais. Alguns hotéis também disponibilizam lugares próprios para os mais pequenos, o que permite aos pais descansar.

“Na praia ou nos parques temáticos, há um complemento muito útil que é as pulseiras de silicone onde se pode encontrar o número de telemóvel dos pais, não esquecendo que o indicativo de cada país deve anteceder o número do mesmo, no caso de Portugal (00351). Estas pulseiras são impermeáveis e a informação não se apaga além de serem antialérgicas”, acrescenta o responsável.