Nos primeiros onze meses de 2017, as receitas da hotelaria no Algarve cresceram 13,1% face ao ano anterior, refletidas por um número recorde de 18,5 milhões de dormidas, segundo dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Para o presidente do Turismo do Algarve, Desidério Silva, estes números representam o trabalho que tem sido desenvolvido pela entidade, em especial na diversificação da oferta turística da região. À margem da 38ª edição da Fitur – Feira Internacional de Turismo, o responsável sublinha, em declarações ao ambitur.pt, que os números de dezembro, ainda por divulgar, irão demonstrar que a região do Algarve ultrapassou os “19 milhões de dormidas e mais de mil milhões de euros de proveitos”.
“Sinais positivos” na opinião de Desidério Silva que considera que “2018 vai ser um ano bastante interessante para o turismo no Algarve”. Para isso, refere, o Algarve deverá continuar a apostar em novos segmentos, nomeadamente no Cycling e Walking, recentemente reforçado com a plataforma Portuguese Trails, lançada pelo Turismo de Portugal. “O Cycling e Walking têm aumentado a procura nos meses que vão de outubro a maio, o que faz toda a diferença, já que acontece na época média e baixa”, sustenta.
Por outro lado, o líder do Turismo do Algarve defende que o grande desafio para este ano prende-se com a dificuldade de se encontrar mão de obra qualificada na região.
“Mão de obra qualificada e a formação são fatores fundamentais, pelo o que temos tido uma abordagem permanente para se encontrarem soluções”, sustenta o responsável, acrescentando que o governo tem estado atento a este problema.
Aposta em mercados de proximidade
Presentes na maior feira de turismo de Espanha, Desidério Silva realça ainda que o mercado espanhol “tem estado muito forte, embora tenha sido ultrapassado pelo mercado francês”. Ainda assim, o representante do turismo na região sublinha que o Algarve deve continuar a apostar em mercados de proximidade, designadamente no mercado espanhol.