26º aniversário Ambitur – Onde nos leva o turismo… por António Loureiro

“Passa a palavra” foi o desafio que a Ambitur colocou a profissionais do setor, e não só. Na edição que marca o seu 26º aniversário lançámos, inicialmente, um repto a três profissionais turísticos – Gonçalo Rebelo de Almeida, da Vila Galé, Nuno Mateus, da Solférias, e Frederico Costa, do Grupo Pestana Pousadas – para comentarem os desafios que o turismo nacional tem pela frente, mas também os incumbimos de indicar quem deveria ser submetido a igual exercício seguidamente. O organograma indica-nos quem deu a palavra a quem, sendo que Miguel Quintas e Paula Oliveira, os colunistas residentes de Ambitur, juntaram-se ao trabalho por indicação nossa.

Hoje publicamos o repto deixado por António Loureiro, diretor geral da Travelport:

“Nascidas com a Web, as agências de viagens On-line, estão definitivamente para ficar, consolidar e expandir a sua oferta por todos os segmentos do mercado das viagens e turismo. Depois de algumas experiências falhadas resultantes do empirismo que levaram a perdas avultadas, dados os elevados custos de distribuição na web quando se pretende ter notoriedade que alguns, teimosamente ou estrategicamente, fingem ignorar, as agências On-line aprenderam a otimizar os seus motores e hoje competem diretamente com as vendas diretas dos fornecedores a todos os níveis, incluindo na distribuição de preços dos próprios produtos. A evoluírem cada vez mais na sua otimização, níveis de serviço e diversidade da oferta, estas agências estão cada vez a ganhar mais espaço e influência no mercado automatizado das viagens e turismo.

Em Portugal ao contrário de outros países, a nossa evolução foi meteórica para depois cair no marasmo fruto da aquisição e integração do “On-Line” em grandes agências tradicionais, máquinas pesadas e incapazes de reagir, perceber e acompanhar a velocidade de decisão e necessidades de constantes investimentos. Na realidade, a grande maioria dos países da Europa possui agências on-line com capacidades e dimensões globais verdadeiramente impressionantes e com crescimentos constantes nos últimos 3 anos. Até na nossa amiga Grécia o fenómeno tem já importância global no controle de emissões e da oferta noutros destinos.

Em Portugal estamos dotados das melhores competências e quadros para vingarmos e desenvolver este segmento. Falta nos empresários do setor, conhecimento e capacidade de investimento nesta área crítica para o futuro da distribuição. Para quando o despertar dos mágicos?”