Os dados do Insight View dizem que 44% das agências viagens foram criadas nos últimos cinco anos, sendo que 25% foram nos últimos seis a 10 anos. Empresas mais antigas, com 11 a 15 anos, representam 11%, enquanto aquelas com 16 a 25 anos e as que têm mais de 25 anos representam individualmente 10%.
A distribuição por dimensão das empresas mostra a atomização de um setor em que a presença de grandes e médias empresas é um testemunho: 91% são microempresas, uma percentagem que sobe para 99% se acrescentarmos também as pequenas. Segundo os dados fornecidos, Lisboa, Faro e Porto são os distritos que mais agregam agências de viagens, num total de 68%, seguidos de Setúbal (6%) e Madeira (5%).
A análise agregada das contas oficiais apresentadas pelas empresas classificadas como Agências de Viagem e Operadores Turísticos “mostra a realidade de um setor que trabalha com uma elevada dependência de financiamento externo, que representa 79% do total das suas fontes de financiamento, e uma baixa qualidade da dívida, uma vez que 62% dos fundos emprestados vencem a curto prazo”.
Embora haja sinais de recuperação no setor depois da pandemia, tendo apresentado um crescimento de 55% em 2021, as agências de viagens ainda se encontram longe dos níveis de negócio de 2019. A diferença de faturação entre 2021 e 2019 é de 65%, devido às inúmeras restrições de viagens e ao cancelamento de reservas.