Um estudo global da SAP Concur sobre a dinâmica das viagens de trabalho, revelou que os portugueses discordam das empresas onde trabalham, nomeadamente na pouca flexibilidade em relação a viagens e ao trabalho remoto. 65% dos portugueses que viajam em negócios consideram estas deslocações em serviço fundamentais para a sua carreira.
Já 87% dos inquiridos sofreram cortes na flexibilidade laboral, nomeadamente na autorização de trabalho remoto durante as deslocações pessoais para evitarem o gozo de dias de férias (31%), a adição de deslocações pessoais a viagens de negócio (24%), entre outras. Talvez sejam estas as razões que conduziram 17% dos inquiridos a recusar uma viagem de trabalho se não a pudessem prolongar para momentos de lazer ou para viagens pessoais.
Além disso, os portugueses acreditam que as empresas dão prioridade à redução de custos quando lidam com atrasos e cancelamentos. Nos últimos 12 meses, 88% dos inquiridos foram forçados a tomar medidas imprevistas devido a circunstâncias inesperadas da viagem, incluindo o cancelamento ou o reagendamento de reuniões (45%).
Depois de 55% terem suportado escalas mais longas ou outros atrasos, 25% recusariam uma viagem para evitar atrasos ou cancelamentos. 67% reservam proactivamente tempo extra para a sua chegada, 44% reservam tempo extra para a partida.
Apesar das dificuldades, 40% acreditam que a sua empresa dá prioridade à redução de custos em detrimento da sua necessidade de opções flexíveis.
No total, 89% recusariam uma viagem, devido a preocupações com a segurança do destino (48%), com a segurança do meio de transporte (31%), ou falta de flexibilidade para se adaptarem fora da política da empresa (28%).
Viajantes de negócios portugueses veem IA como solução
Embora 93% dos inquiridos considerassem a possibilidade de utilizar opções com IA (Inteligência Artificial) para reservar as suas viagens de negócios, apenas 9% se sentem confortáveis a fazê-lo atualmente.
Uma grande maioria (88%) necessita de apoio fornecido pela empresa para se sentir confortável com a utilização de opções baseadas em IA para reservas, incluindo proteção de dados pessoais (54%) ou formação fornecida pela empresa (37%).
Dois terços (66%) referem que a sua empresa se concentra cada vez mais na aprovação prévia das viagens, incluindo quase um terço (32%) que viram esta medida ser implementada para todas as viagens. Por outro lado, 30% dos inquiridos revelaram que as organizações onde trabalham, incorreram em despesas adicionais numa viagem de negócios.
Os travel managers podem preferir que os viajantes efetuem as reservas através dos canais adequados, mas 28% dos viajantes portugueses foram forçados a reservar viagens diretamente com os fornecedores.
Promover a sustentabilidade
Cerca de um quarto (22%) considera que a sua empresa está mais focada na sustentabilidade das viagens do que na flexibilidade ou na redução dos custos das viagens.
21% dos inquiridos recusariam uma viagem devido ao impacto ambiental ou à incapacidade de escolher opções sustentáveis; 17% citam as recomendações para reduzir as emissões de carbono como uma ferramenta de reserva obrigatória.