Inspirado na Expo’98, o novo conceito do restaurante do Eurostars Universal, no Parques das Nações, em Lisboa, oferece uma viagem gastronómica a cargo do chef Tomás Pereira. Agora focado no fine dining, novidade para a marca hoteleira em Portugal, o restaurante quer mostrar a complexidade dos sabores do mundo aliados à tradição, mas com um toque inovador.

Neste espaço com capacidade para acolher mais de 100 pessoas às refeições, agora pode encontrar esta experiência numa atmosfera acolhedora. Disponível apenas ao jantar, o fine dining não funcionará para já com menu de degustação, mas sim à carta, com propostas imperdíveis.
Entre elas está o amuse “Falso Tomate”, que recria a forma do fruto mas que por dentro traz a combinação deliciosa de um tártaro feito a partir do peixe e respetivas aparas. E que peixe é este? Depende. O chef garante que este prato usará diferentes peixes, consoante a disponibilidade, para não haver desperdício e seguindo a sua linha de cozinha sustentável.
E se gosta de acompanhar a refeição com um pão quente e uma manteiga que se desfaz na boca, este conceito é o ideal para si. Aqui o pão é um momento de prova isolado e totalmente dedicado. O pão de massa mãe e a própria manteiga são produzidos pelo restaurante.
E segue-se a entrada: Beterraba em pickles numa base de espinafres e com um puré de beterraba e romã. Uma combinação terrosa mas fresca, que calha bem com um vinho branco do Tejo, o Murgas, da zona de Bucelas, proposto pelo sommelier Daniel Branco.
O paring de pratos e vinhos continua com a chegada do primeiro prato principal: Peixe do dia com arroz de percebes e algas, que se faz acompanhar de mais um vinho branco da região do Tejo, o Falcoaria. O prato carateriza-se por um arroz cremoso, por um pó de alga nori, por salicórnia e uma espuma com sabor intenso a marisco.
Mas se tem alergia a marisco ou a outro ingrediente, pode ficar descansado, porque o chef tem propostas pensadas para todos. Neste caso, poderá substituir o prato de peixe por um Bife à Café Lisboa que, curiosamente, não leva café.

E a chegada do segundo prato, como expectável, é uma bela carne: Borrego. Esta acompanha beterraba, amêndoa e especiarias como açafrão e cominhos, além de um toque cítrico da laranja que transforma esta carne controversa numa experiência a não perder.
Aqui, o sommelier Daniel Branco já foge ao esperado, e ao invés de um típico vinho tinto para acompanhar esta proteína, surpreende com um vinho branco lisboeta, feito através da casta vital que quase foi extinta. Um vinho incorporado e com um toque terroso e salínico – o Ramilo Matias.
A experiência fecha com um tradicional Pudim Abade de Priscos, em formato de porco. Caso não saiba, esta sobremesa é feita com banha de porco, daí a curiosa apresentação do prato. O pudim acompanha um gelado de citrinos e um crumble de avelã, que compõe a texturização deste doce. O acompanhamento ideal poderia ser um café, mas pode e deve experimentar a harmonização deste doce com um vinho da Madeira.
Preços:
- Serviço de Pão – 11€
- Beterraba e Espinafres – 25€
- Peixe com Arroz, Percebes e Algas – 36€
- Borrego, Beterraba e Amêndoa – 35€
- Toucinho, Avelã e Citrinos – 14€
- Média por pessoa (sem paring de vinhos): 75€ (na escolha de apenas um prato principal)
Outras iguarias da carta:
- Maçã, aipo e gamba violeta – 45€
- Funcho, chalota e ostra – 20€
- Batata-doce, alho negro e polvo – 15€
- Ovo BT, parmentier e bacalhau – 34€
- Risotto de cevada, legumes e queijo – 38€
- Crud de laranja, chocolate branco e especiarias – 12€
[A carta poderá estar sujeita a alterações, sendo que a versão definitiva estará disponível a partir de março]
Por Diana Fonseca