“Penso que será demasiado ambicioso falar-se em ‘momento de viragem” (…) sustentando a médio prazo”, é o que Miguel Quintas, director geral da Amadeus, defende quando confrontado com uma análise da actual situação do turismo nacional. Mas isso não significa que o responsável esteja pessimista quanto ao futuro, perspectivando a “continuação de bons ventos”, mesmo que a situação política do Mediterrâneo arrefeça. &Por outro lado, e apesar do drama das crises, Miguel Quintas acredita que estas têm um factor positivo: “soltam os bons gestores que existem em cada um de nós”. Aumenta-se a proactividade, reforçam-se parcerias, definem-se os objectivos com maior clareza, estas são algumas das consequências das crises, que levam a que, segundo o director-geral da Amadeus Portugal, as empresas saiam reforçadas pelas medidas de gestão tomadas e fiquem melhor preparadas para colher os frutos da nova mentalidade/gestão instalada. “A crise aguça o engenho”, sublinha o responsável, o que leva a que, na promoção turística, se consigam os acordos possíveis, mas com avanços consideráveis para a estratégia turística do país. Miguel Quintas admite, porém, que muitas empresas estejam descapitalizadas, daí que aquelas que gozem de melhor saúde financeira estejam em melhores condições para enfrentar o pós-crise, a partir do momento em que a “normalidade económica” seja reposta. “A rentabilidade das empresas no mercado continua a cair fruto da pressão concorrencial da luta para sobreviver. O mercado ainda está retraído”, reconhece. Por outro lado, a flexibilidade dos factores de produção deste sector é grande, acrescenta Miguel Quintas, “pelo que a maior parte das empresas está na expectativa de indicadores que lhes permitam investir e rapidamente colher frutos seguros. Terão que ser os clientes a dar o primeiro passo. A confiança gerada criará oportunidades para os empresários arriscarem”. Apesar de tudo, o responsável perspectiva “um futuro melhor que o presente”, sendo que tanto o incoming como o outgoing, que deixará de estar em queda, terão um bom ano em 2014. & & Nota; Estas declarações foram feitas no âmbito de um trabalho que saiu na Edição 263&da Revista Ambitur, intitulado &Retoma à Vista?&.





















































