Santarém: a Capital do Gótico português (fotogaleria)

Paragem incontornável no país, a pequena cidade ribatejana de Santarém, aos pés de Lisboa, é designada a “capital do gótico” em Portugal. E é lá, por onde passaram figuras ilustres da nossa história, que a Ambitur foi turista numa manhã cultural. Uma incursão de cinco horas, que agora lhe propomos.

À entrada do centro histórico, não há como evitar: a Sé Catedral é mesmo a principal atração. A igreja da invocação de Nossa Senhora da Conceição, onde funcionou o antigo Colégio dos Jesuítas, é um dos mais importantes monumentos sacros do património escalabitano. Na imponente fachada pode ler-se desenhada a data de conclusão das obras, em 1711, no século XVIII. Embora nos expliquem que, desde aí, tenha sofrido algumas alterações: o seu interior está maior e foram restauradas diversas obras de pintura e escultura.

Afastamo-nos para uma área contígua, onde nos deparamos com o novo Museu Diocesano – integrado na iniciativa “Rota das Catedrais” e distinguido com o galardão “Europa Nostra 2016″, um prémio anual da União Europeia para o património cultural. Um cenário fotogénico e imperdível pelo privilégio que oferece de conhecer diversas obras de arte religiosa, algumas delas raras e até mesmo desconhecidas.

Na loja do museu, paramos para adquirir algumas lembranças e os deliciosos Arrepiados de Almoster, um dos doces típicos da região. A receita, contam-nos, é do tempo das freiras da Ordem das Clarissas. Aproveitando o pretexto, fazemos a primeira paragem gastronómica. Na pastelaria Bijou acompanhe um café com os Celestes de Santa Clara, outra das delícias conventuais de Santarém.

Seguimos a calcorrear algumas das ruas mais movimentadas – Rua Capelo, Rua Ivens e Rua Miguel Bombarda – que nos levam a outra das estruturas culturais da cidade: o Santuário do Santíssimo Milagre. Só no ano passado, atraiu cerca de 17 mil peregrinos de diferentes partes do mundo.

Já na Igreja da Misericórdia somos brindados pela atuação de uma aluna do Conservatório de Música, a tocar um Órgão de Tubos, lá instalado desde 1818 em posição frontal para o altar. Seguimos para a Igreja de Nossa Senhora da Graça, um exemplar do gótico português onde encontramos a lápide do descobridor do Brasil, Pedro Álvares Cabral.

Enquanto nos deslocamos para o almoço regional no Téjà, temos a vantagem do restaurante estar localizado no Jardim das Portas do Sol, onde aproveitamos para encher as vistas a partir das muralhas. De regresso à Praça Sá da Bandeira, pela rua Serpa Pinto, merece também visita a pequena Igreja de Nossa Senhora da Piedade, recentemente restaurada, que guarda um quadro da Torre de Belém no altar mor.

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