Quando a noite cai, Sintra ganha outro encanto e há todo um mundo desconhecido que se revela. Durante o mês de maio, em Monserrate, será possível descobri-lo com as novas atividades noturnas da Parques de Sintra, que convidam a percorrer o Parque na companhia mágica dos pirilampos e a explorar a vida animal que desperta à luz do luar na Tapada. Durante o dia, há outras propostas, não menos interessantes: conhecer o Parque seguindo as dicas de quem cuidou dele no início do século XX, escutar os sons da paisagem e dar um salto à Quintinha para aprender tudo sobre o mel.
Nesta altura do ano, os pirilampos contribuem para adensar a magia das noites sintrenses, dançando por entre as árvores com as suas luzes cintilantes.
A 17 de maio, sexta-feira, às 20h35, no Parque e na Tapada de Monserrate, a Parques de Sintra promove um passeio conduzido por Gonçalo Figueira, investigador na área da bioluminescência, que permitirá não apenas observá-los de perto, mas também conhecer factos interessantes e curiosidades sobre estas pequenas criaturas misteriosas, que, atualmente, enfrentam ameaças como o excesso de luz artificial, de pesticidas ou a perda dos seus habitats.
A noite de 24 de maio, outra sexta-feira, será, igualmente, especial. Marcada para as 20h05, na Tapada de Monserrate, a atividade “Sintra ao Luar” arranca um pouco antes do pôr-do-sol, quando os animais de hábitos noturnos começam a despertar. Acompanhados pelo biólogo Mário Carmo, os participantes são desafiados a penetrar neste mundo secreto e a descobrir a sua importância ecológica. Durante o passeio, poderão admirar borboletas noturnas, com recurso a uma inofensiva armadilha luminosa, experimentar a deteção acústica de morcegos e aves de rapina e escutar coros de anfíbios, em silêncio.
De dia parta à descoberta dos sons da paisagem e dos doces segredos do mel
A 18 de maio, sábado, às 11h30, há um programa original: visitar ou revisitar o Parque seguindo o roteiro traçado pelo jardineiro Walter Oates, que cuidou do espaço no início do século XX. Um século depois, na companhia de uma arquiteta paisagista da Parques de Sintra, “Conhecer os jardins de Monserrate do Jardineiro Chefe Walter Oates” percorre as mesmas cascatas, tanques e lagos, a ruína romântica, as pérgulas com flores pendentes e os muros cobertos de musgo que rodeiam o exótico palácio de Francis Cook.
Mas o Parque de Monserrate não é só um deleite para os olhos. É também a morada de dezenas de espécies de aves, anfíbios e insetos que brindam os visitantes com uma autêntica sinfonia natural, raramente escutada com a atenção que merece. Conduzida por Paulo Marques, biólogo e curador convidado do Arquivo de Sons Naturais do Museu Nacional de História Natural e Ciência de Lisboa, a atividade “Sons da Paisagem – Iniciação à Sonoridade da Paisagem”, agendada para 19 de maio, domingo, às 10h30, é uma experiência única de imersão na natureza, que convida a parar e a ouvir a paisagem. O som é usado para explorar o espaço e refletir criticamente sobre o ambiente, as alterações climáticas e o desenvolvimento sustentável.
Bem perto dali, na Quintinha de Monserrate, uma proposta doce: descobrir os segredos do mel. No dia 25 de maio, sábado, às 15 horas, a atividade “Os produtos da colmeia: o que é o mel?” dá a conhecer a fascinante vida das abelhas melíferas, com destaque para as abelhas obreiras, responsáveis por quase todas as tarefas dentro da colmeia. Com a ajuda de um kit de extração, os participantes terão, ainda, a oportunidade de experimentar as diferentes tarefas que o apicultor executa para obter o mel.