A4E satisfeita com iniciativa da CE para melhorar eficiência do espaço aéreo

A A4E – Airlines for Europe, associação de companhias aéreas europeias sedeada em Bruxelas, vê com agrado a publicação da Comissão Europeia (CE) sobre “Aviação: uma Europa Aberta e Conectada” num esforço de melhorar a eficiência e conetividade do espaço aéreo. A CE incentiva os Estados Membros e partes interessadas, incluíndo parceiros sociais, a atuarem no sentido de melhorar a continuidade do serviço na gestão do tráfego aéreo.

“Os últimos comunicados da Comissão Europeia são um passo importante para proteger os passageiros europeus no mercado único no caso de greves do Controlo do Tráfego Aéreo. Em simultâneo, a Comissão precisa de certificar-se de que os Estados Membros implementam as suas recomendações. Limitar o impacto das greves do Controlo do Tráfego Aéreo sobre os viajantes e empresas, sem questionar o direito fundamental dos controladores à greve, é um objetivo essencial da A4E. Precisamos agora de responsáveis políticos corajosos na Europa para ajudar a implementar estas melhores práticas”, afirma Thomas Reynaert, diretor geral da A4E.

A CE refere, no seu relatório, que as greves dos controladores afetam o funcionamento do mercado único europeu. Colocam um desafio bastante complexo à Administração do Tráfego Aéreo já que resultam em cancelamentos de voos e atrasos, deixando os passageiros presos em aeroportos e provocando um impasse no turismo.

“Precisamos de manter os pés no chão porque ainda existe um longo caminho para que estas propostas sejam implementadas. Há propostas importantes da Comissão tais como os sindicatos providenciarem notificações antecipadas das greves; o pessoal fornecer notificação individual da sua participação na ação industrial e a proteção dos sobrevoos dos Estados Membros afetados pelas greves garantindo a continuidade do serviço a 100%. Os Estados Membros também precisam de adotar rapidamente as propostas do Céu Único Europeu para permitir que os passageiros europeus beneficiem totalmente de viagens aéreas integradas pela Europa”, conclui Reynaert.

No período de 2010-2016, houve 217 dias de greve dos controladores do tráfego aéreo na UE – um dia perturbado por cada nove dias. NO total, houve 278 dias de perturbação se levarmos em conta os dias antes e depois de uma greve já que tiveram de ser cancelados voos antecipadamente e os atrasos acumulados distribuem-se pelo dia seguinte. Desde 2010, as greves dos controladores aéreos custaram 12 mil milhões de euros à economia da UE, juntamente com mais de 140 mil postos de trabalho, segundo um estudo da PwC encomendado pela A4E.