ACISO repensará periodicidade do Workshop Internacional de Turismo Religioso

O IV Workshop Internacional de Turismo Religioso, que teve lugar no passado dia 26 de fevereiro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima, bateu recordes, tanto no número de hosted buyers como no número de participantes. No total, marcaram presença 115 operadores internacionais– provenientes de 31 países – e mais de 500 participantes. Afirmando que o balanço do evento é, sem dúvida, “positivo”, Alexandre Marto, vice-presidente da ACISO, alertou, no entanto, para a necessidade da associação repensar a periodicidade do mesmo.

“Temos muita preocupação com a qualidade do evento e com a qualidade das pessoas que vêm e acreditamos que a organização de um evento desta dimensão , sempre em crescendo, pode criar uma espécie de saturação, nomeadamente, fazendo com que os operadores especializados no turismo religioso deixem de enviar os decisores e passem a enviar pessoas de segunda linha, e portanto, acreditamos que pode ser saudável começar a espaçar o evento”. Afirmando que esta é uma decisão “que tem ainda de ser estudada”, o responsável deu conta de que, na sua opinião, e a partir de 2017, “o evento deveria ser bianual”.

A quinta edição do Workshop Internacional de Turismo Religioso está segundo Alexandre Marto garantida, “se tivermos o apoio do turismo de Portugal” e deverá acontecer, à semelhança deste ano, em fevereiro de 2017, antes da realização da Bolsa de Turismo de Lisboa.

Boas expetativas para 2017

Segundo Alexandre Marto, em 2015,  foram ultrapassadas as 700 mil noites em estabelecimentos hoteleiros em Fátima. “A estes, somam-se todos os hóspedes que não ficam em estabelecimentos hoteleiros, que ficam em casas da igreja, o que faz com que o número de noites em Fátima, por ano, seja superior a um milhão”, acrescenta. Para as datas mais importantes das Comemorações do Centenário das Aparições que se comemora para o ano, ou seja, maio e outubro, a ocupação está já esgotada.

No que diz respeito aos mercados internacionais, a procura tem crescido, principalmente nos mercados asiáticos. “Há alguns mercados que há 10/20 anos não existiam, não eram relevantes e que hoje estão no top 10 de Fátima”, afirma Alexandre Marto, destacando a Coreia, que em 2015, registou 30 mil noites em Fátima, “o que é um numero absolutamente extraordinário”.