Açores: “A retoma será lenta mas também muito positiva”

O Governo Regional dos Açores está confiante de que a retoma, apesar de lenta, será muito positiva para a região. Mas para já concentra todos os esforços em afirmar a segurança e confirmar a confiança no destino através de um conjunto alargado de critérios e até de um Manual de Boas Práticas. 

A secretária Regional de Turismo, Marta Guerreiro, partilha com a Ambitur.pt que o Governo dos Açores está a trabalhar num roteiro que contempla “os critérios para uma saída segura da pandemia Covid-19”. O primeiro passo foi então auscultar “a sociedade açoriana e um conjunto alargado de entidades” para a construção de um “documento orientador quanto à forma e regras que nos comprometemos a seguir no processo de saída da situação”.

Marta Guerreiro afirma também que, no momento da retoma, os agentes turísticos dos Açores “estarão preparados para receber os nossos visitantes”, com base no Manual de Boas Práticas Covid-19 que o Governo Regional está a preparar, em conjunto com a Secretaria Regional da Saúde, e com “os principais representantes das variadas atividades turísticas”. O Manual será concretizado através de “formação à distância, por módulos setoriais, que contamos iniciar no final de maio”, acrescenta a responsável.

Atualmente, o Governo tem — em parceria com a Associação de Turismo dos Açores (ATA) — “um plano que privilegia uma abertura gradual pautada pelas possibilidades dadas ao nível das questões de saúde pública”. A primeira fase é dedicada ao mercado regional, a segunda aposta no mercado nacional e só depois abrir para os mercados externos “à medida do que for possível e recomendado”.

“A retoma para ser bem-sucedida deve ser concertada entre os países”

A responsável comenta que “todos gostaríamos de poder anunciar a retoma deste setor a muito curto prazo, mas o turismo é uma atividade, essencialmente, de pessoas para pessoas”, o que significa que “não será possível sem que as questões de saúde pública estejam devidamente asseguradas”. Em adição, para que a retoma seja “bem-sucedida” deve ser “concertada entre os países, sob pena de podermos ser confrontados com indesejáveis retrocessos”, pelo que a abertura aos mercados internacionais “depende muito mais da situação sanitária desses mercados, do que do contexto interno”.

“Uma retoma lenta mas também muito positiva”

Marta Guerreiro defende que os Açores serão “uma das regiões do país com procura turística no pós-pandemia” e confia que a retoma será lenta mas também “muito positiva no nosso caso”: “Acreditamos que nos próximos tempos, mais do que nunca, a população mundial terá elevada propensão à realização de umas merecidas férias em locais com reduzida densidade turística e com elevado contacto com a natureza” e “os Açores assentam perfeitamente nesta procura de consumo”, como explica.

É desta forma que os Açores estão preparados para, em segurança, “continuar a proporcionar experiências exclusivas, com produtos de excelência, com o privilégio de um contacto forte com a natureza, para além de nos pautarmos por boas práticas de sustentabilidade”, conclui a secretária regional.