Açores: Os melhores momentos da sua vida

Os Açores estão no TOP 5 dos Melhores Destinos da Europa, de acordo com a European Consumers Choice. Porquê? Foi o que a Ambitur se propôs saber, dando-lhe a conhecer este destino português, da melhor maneira possível: do testemunho de quem nasceu, vive/viveu e trabalha/trabalhou no arquipélago. Os anfitriões desta viagem conhecem, como ninguém, a terra que os viu nascer e acederam a partilhar connosco o que é realmente obrigatório numa viagem aos Açores.

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Miguel Cymbron

Nasceu em Ponta Delgada, a capital da maior ilha dos Açores, São Miguel, e aqui cresceu e deu importantes passos na sua carreira profissional. Miguel Cymbron, que hoje é diretor de Vendas & Marketing da cadeia VIP Hotels, e vive em Lisboa, foi Diretor Regional do Turismo dos Açores, trabalhou na divisão hoteleira da Bensaude Turismo, um grupo hoteleiro sediado nos Açores, e na Newtour Azores. E apesar da capital do país ser atualmente a sua “base”, todos os anos ruma ao arquipélago para umas desejadas férias em família.

E para quem também vai de férias para este destino, o profissional aconselha a munir-se de um automóvel para poder conhecer bem a ilha onde nasceu, a primeira etapa de um circuito “3 ilhas +1” que considera ser obrigatório numa primeira visita aos Açores. Em São Miguel, é impossível deixar de conhecer as Lagoas das Sete Cidades, Fogo e Furnas, ou provar o Cozido nas Caldeiras e “ir beber um copo às Portas do Mar”. Outras sugestões na sua ilha-natal passam por conhecer as plantações de ananás e chá, visitar o Santuário do Senhor Santo Cristo e as Igrejas de S. José/S. Francisco e Matriz/S. Sebastião. Claro que uma visita aos “magníficos parques botânicos como o Jardim José do Canto, a Mata José do Canto e o Parque Terra Nostra” são também essenciais, recorda Miguel Cymbron.

De São Miguel pode rumar à Terceira, a segunda ilha mais habitada dos Açores, e “passear por Angra, Cidade Património Mundial pela UNESCO, provar uma alcatra e ir ao Algar do Carvão”, sugere-nos este anfitrião. O terceiro destino poderá ser o Faial – o vértice mais a Oeste das chamadas “ilhas do triângulo”, em conjunto com São Jorge e a ilha do Pico – onde não pode deixar de “provar um gim do Peter, visitar a Caldeira, fazer o seu batismo de mergulho, ir aos Capelinhos e visitar o museu”, terminando o dia com um jantar de peixe na pedra. Por fim, uma viagem aos Açores não ficaria completa sem que apanhasse o barco até ao Pico “e, se possível, subir até ao cume”, sugere Miguel Cymbron. A observação de baleias é uma atividade imperdível e que acaba por ser uma experiência que marca qualquer ida aos Açores, bem como visitar a paisagem do Pico vinhateiro, Património Mundial da UNESCO, e “beber um verdelho ou um branco do Pico, à beira-mar”.

Se pretende aliar a sua viagem a eventos que marcam a região, Miguel Cymbron recomenda a Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres, “as maiores festividades religiosas que já vi”, que se realizam todos os anos em Ponta Delgada. Em termos profanos, destaque para as Sanjoaninas, uma festa dedicada a São João na Terceira, e para a Semana do Mar, no Faial.

As suas férias nos Açores podem terminar ainda melhor se consigo trouxer “um ananás, chá verde e Orange Picoe da Gorreana, uma garrafa de Frei Gigante branco, uma garrafa de Verdelho Lagido, queijo de São Jorge, Queijadas da Vila e da Graciosa”.

Diversidade de experiências

Catarina Cymbron
Catarina Cymbron

Também Catarina Cymbron, managing director da Melo Travel, acredita que “o melhor souvenir” que podemos trazer das ilhas açorianas “é aquele que podemos saborear”, e destaca pois igualmente o chá, os queijos e o vinho, bem como o atum, as compotas ou as queijadas. Nascida e criada na Ilha de São Miguel, Catarina esteve 10 anos a viver no estrangeiro, incluindo cinco em Lisboa, mas logo regressou às origens e afirma-se uma boa conhecedora de todas as ilhas. Defende, aliás, que o ideal é “conhecer cada grupo de ilhas por si só, ter tempo em cada ilha para explorar devagar e sem pressas”. O que o obrigará a regressar, pelo menos, umas três ou quatro vezes pois “todas as ilhas merecem ser visitadas pela sua diversidade”.

A agente de viagens aconselha a fazer as suas viagens de barco sempre que for possível, “pois não há aproximação mais bonita a uma ilha”. E depois, tal como Miguel Cymbron, “alugar um carro é a forma mais simples e prática” de explorar cada ilha.

Admitindo a grande diversidade de experiências dos Açores, Catarina Cymbron destaca algumas, por exemplo, as várias atividades ao ar livre como o canyoning em São Miguel, Flores e São Jorge, as caminhadas ou subida ao Pico, as fajãs de São Jorge ou o Vulcão dos Capelinhos, no Faial. Além disso, não esquecer as experiências vulcanológicas, como “ver as fumarolas no vale das Furnas e tomar banho em piscinas de água quente natural”. Gastronomicamente, é também um destino muito rico e, para quem gosta de marisco, a empresária sugere as cracas e as lapas grelhadas, bem como o atum, o cozido nas Caldeiras das Furnas ou a caldeirada de bacalhau. Se tiver ainda “estômago” prove a Alcatra à Moda da Terceira acompanhada dos vinhos brancos do Pico, da Terceira e da Graciosa, ou ainda a cerveja “Especial” da Melo Abreu.

Catarina Cymbron defende que todo os meses são bons para visitar os Açores dependendo do que quiser fazer. A partir de setembro a confusão é menor, se gosta de flores viaje durante o inverno para ver as camélias, e o verão é o melhor para ver as hortênsias. E, claro, se pretender fazer coincidir a sua agenda com a agenda de eventos do destino, pode escolher entre o Festival de Música Tremor em São Miguel, o Festival de Blues em Santa Maria, ou as Festas do Divino Espírito Santo que ocorrem nas nove ilhas.

Desfrutar da natureza

José Romão Braz
José Romão Braz

Sugestões que José Romão Braz, presidente do conselho de administração da Investaçor Hotéis, também partilha, destacando ainda o Angra Jazz e alguns eventos desportivos como o surf, o rally de São Miguel e o Cliff Diving, entre muitos outros. Este gestor, também nascido em São Miguel, passou a infância e juventude em Ponta Delgada até 1992, fazendo depois um intervalo em Lisboa, entre 1993 e 2000, onde estudou e trabalhou, mas regressando aos Açores há 16 anos.

Também ele acredita que é possível visitar este destino durante todo o ano pois, ” face à diversidade da nossa oferta, que vai da natureza, à gastronomia e à cultura, é sempre possível desfrutar de uns bons dias de férias nos Açores”. Para José Romão Braz é fundamental sim vir “preparado para andar e nadar, e predisposto a desfrutar da natureza, tanto no mar, como na terra”.

Se a sua estadia passar por São Miguel, não deixe de visitar as Sete Cidades, a Lagoa do Fogo, a Ferraria e as Furnas, sugere. Já se estiver no Faial tem obrigatoriamente de ir ao Vulcão dos Capelinhos e à Caldeira. Na Terceira, o Algar do Carvão e Angra do Heroísmo são dois pontos de paragem essenciais. O ideal, para este empresário, é visitar estas três ilhas se for a sua primeira vez nos Açores. E para verdadeiramente experienciar os Açores, não deixe de percorrer os trilhos “por paisagens fantásticas”, de tomar banhos termais no mar ou em terra, de observar os cetáceos, ou de visitar vulcões, algares e lagoas, “muitas experiências em que sentimos o poder da natureza intacta”.

Sendo a gastronomia “rica e variada”, o empresário aconselha, no peixe e no marisco, o naco de atum, boca negra e lírio grelhado, chicharros fritos, polvo à Regional, cracas e lapas. Já na carne, a sugestão vai para o Bife de Novilho ou de Vaca, cozido das Furnas e Alcatra à Moda da Terceira. Uma viagem aos Açores implica provar os queijos, e aqui os melhores, segundo José Romão Braz, são os de São Jorge DOP, Morro do Faial, Castelinhos da Terceira, entre outros. Por isso, na hora de partir, não pode esquecer de pôr na mala estas iguarias, como os queijos, o ananás, as bolachas, as queijadas, o chá e os vinhos, para adoçar a boca dos que ainda não conhecem este destino.