Aeroporto complementar do Montijo prevê gerar 10 mil empregos

Já foi assinado o acordo de execução técnico-financeira que viabilizará a construção do aeroporto complementar do Montijo e a expansão do aeroporto Humberto Delgado. O evento, que teve lugar esta terça-feira na Base Aérea n.º6 do Montijo, ficou marcado para o ministro do Planeamento e das Infraestruturas como um dia histórico “para o desenvolvimento da capacidade aeroportuária no nosso país”. Pedro Marques referiu ainda que, após “50 anos, damos um passo decisivo para execução de uma solução à abertura das necessidades da região e da nossa economia.”

Passaram pelo caminho “17 localidades alternativas que foram estudadas e abandonadas”. Considerando a história do transporte aéreo em Portugal como sendo “de sucesso”, o dirigente diz que isso se deve a uma “forte dinâmica da nossa economia”, dos “agentes da administração pública”, destacando as autarquias, da “dinâmica do setor do turismo”, das “nossas companhias aéreas” e, também, da “gestão aeroportuária”.

No entanto, o ministro do Planeamento e das Infraestruturas garante que a “não preparação atempada do futuro” levou a que, quando “chegámos ao governo, tenhamos encontrado o aeroporto Humberto Delgado saturado”. Mas também uma “ausência de consenso social e político relativamente à construção de um aeroporto de raiz”.

Pedro Marques referiu ainda que este acordo é “muito significativo”. Define e permite que “avancem, desde já, os investimentos necessários para que, no curto prazo, permita que o tráfego aeroportuário no aeroporto Humberto Delgado continue a crescer”. E a perspetiva é que, já em 2019 e pela primeira vez, “consigamos atingir acima dos 30 milhões de passageiros”. Por isso, “não é possível mais crescimento sem muito mais investimento naquele aeroporto”. Com o aeroporto complementar do Montijo, e após “estudos internacionais de referência”, o número de postos de trabalho diretos e indiretos “gerados pelo novo aeroporto será superior a 10 mil”.

Lembrado os temas de seguranças e ambientais, Pedro Marques garantiu que “nenhum aeroporto começará a ser construído sem que todas as competentes autorizações ambientais e todas as medidas mitigadoras e compensatórias sejam definidas e assumidas”. O estado, a ANA Aeroportos e a ANAC “estão plenamente conscientes deste facto e agirão em conformidade”. Será também assegurado “o respeito pela operacionalidade das nossas Forças Armadas através da implementação das adequadas medidas atempadamente estudadas entre as partes.”

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, acredita que, com este acordo, “estamos a devolver esperança aos portugueses”. Pedro Marques acrescenta ainda que “estamos a dizer ao setor do transporte aéreo ao turismo às populações que essa esperança é mais crescimento e mais emprego que se prolongará nos próximos anos e nas próximas décadas.”

Também Nicolas Notebaert, CEO da VINCI Concessions e presidente da VINCI Airports, reforçou os dois principais compromissos da empresa com Portugal. O primeiro de “contribuir para o desenvolvimento do país e da economia, aumentando o tráfego aéreo” e o segundo de “otimizar a operação do sistema aeroportuário de Lisboa, propondo novos investimentos”.