Aeroporto da Madeira trava recuperação do turismo

A falência da companhia aérea Germania Airlines, na senda do que se verificou no passado recente com as transportadoras Monarch, Air Berlin e Lauda Air, constitui mais um golpe no Turismo da Madeira, já demasiado exposto pela crescente inoperacionalidade do aeroporto do Funchal, infraestrutura determinante para a rápida substituição do tráfego afetado por estas situações.

“Não deixa de ser irónico que, quando a IATA (Associação Internacional de Transporte Aéreo) continua a exigir do nosso setor cada vez mais garantias, e a impor crescentes restrições à atividade, sejam os seus próprios associados a anunciar, uns atrás de outros, falências que deixam os consumidores sem solução, e os destinos e todos os seus stakeholders afetados”, afirma o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira.

Sobre a Madeira, o presidente da APAVT, insta o Governo e todas as autoridades competentes a tomarem decisões urgentes com vista à adoção de políticas e investimentos que permitam solucionar a recente inoperacionalidade do aeroporto Cristiano Ronaldo.

“Num destino cuja economia depende em mais de 26% do Turismo, é incompreensível e inaceitável que não se faça nada para resolver este problema. A substituição do tráfego transportado por estas transportadoras que faliram, bem como o desenvolvimento de novas ligações, está absolutamente dependente da operacionalidade do aeroporto. E o mesmo se passa relativamente ao transporte dos próprios residentes”, refere Costa Ferreira.