Agências de turismo cabo-verdianas consideram que nova taxa só beneficia grandes agências

A Associação das Agências de Viagem e de Turismo de Cabo Verde considera que a nova taxa aeroportuária apenas beneficiará “as grandes agências emissoras de turistas”, pois o volume de negócios das agências nacionais é “pouco expressivo”.

A Taxa de Segurança Aeroportuária (TSA) entrou em vigor esta terça-feira e, segundo refere a Agência Lusa, custa 150 escudos cabo-verdianos (cerca de 1,36 euros) a todos os passageiros (nacionais e estrangeiros) dos voos nacionais, sendo cobrados no momento da emissão das passagens.

Para os voos internacionais, o valor da taxa é de 3 400 escudos cabo-verdianos (cerca de 30,86 euros) para os passageiros estrangeiros, cobrados através da plataforma ‘web’ de pré-registo.

Esta taxa entrou em vigor no mesmo dia em que cidadãos de 36 países europeus deixaram de estar obrigados a um visto de curta duração para entrar em Cabo Verde.

Para a Associação das Agências de Viagem e de Turismo de Cabo Verde (AAVCV), “a maioria das agências de viagens cabo-verdianas não estará em condições de beneficiar” da medida, “pelo menos no imediato”.

“As nossas agências, na sua maioria, não funcionam propriamente como agências de turismo e, quando acontece, o volume de negócios é ainda pouco expressivo. O que equivale a dizer que este novo quadro deverá beneficiar essencialmente as grandes agências emissoras de turistas”, lê-se no comunicado da associação.

Para que as agências de viagens e turismo cabo-verdianas possam ter “uma parte importante desse bolo”, a associação defende que “estas possam desenvolver mais a vertente do turismo e aumentar os seus negócios”, algo que a direção da associação afirma querer incentivar.

A associação reivindica “um programa de fomento empresarial”, que possa “ajudar as agências nesta necessária modernização e ampliação dos seus negócios”, para que possam assim “acompanhar a evolução do mercado”.