#AGÊNCIASDEVIAGENS: Vouchers “não dão garantias” perante os fornecedores

Que futuro norteará o setor das agências de viagens, quais os caminhos que poderão ser os mais indicados? Em tempos de mudança, Ambitur.pt irá nos próximos dias publicar auscultações que fizemos a vários quadrantes do setor de distribuição de viagens em Portugal. Vítor Filipe, presidente da TQ Travel Quality, abre esta rubrica respondendo às três primeiras questões:

Voucher: esta é a solução ideal para o setor das viagens ou um mal menor?
“Penso que é um mal menor que resolve a situação dos clientes, mas que não dá garantias suficientemente às agências de viagens perante os seus fornecedores, sejam hoteleiros, companhias aéreas e restauração”.

Que outras questões estão hoje em cima da mesa para o setor das agências de viagens, como poderão ser resolvidos e qual/ais a/s sua/s urgência/s?
“Na atual situação estou em crer que os apoios disponibilizados pelo estado são corretos, podem ajudar muitos de nós a atravessar esta situação complicadíssima que estamos a deparar, relativamente a abril, em que faturámos praticamente zero, chegando mesmo em algumas empresas a apresentar faturação negativa devido a reembolsos. Esperamos que a banca seja célere a disponibilizar os apoios, e a segurança social também no caso dos lay-off”.

A responsabilidade das agências e do FGVT (Fundo de Garantia de Viagens e Turismo) tem que ser revista?
“Relativamente ao FGVT concordo com o mesmo, pois dá garantias aos consumidores que ao viajarem utilizando as agências de viagens estão protegidos; acrescento também a figura do ‘Provedor do Cliente da APAVT’, criada por uma direção de que fiz parte. Tudo isto prova que quem viaje deve recorrer sempre às agências de viagens, nos outros meios de reservas as garantias de reembolsos são nulas, tal como a resolução de problemas que possam vir a existir”.