AHETA: taxa de ocupação registou valor mais baixo de sempre para o mês de março

A AHETA divulgou hoje a sua newsletter relativa ao mês de março de 2021, indicando que a taxa de ocupação global média/quarto foi de 5,2%, 46,5 pontos percentuais abaixo do verificado em março de 2020 (-81,2%). Nos últimos 12 meses este indicador encontra-se 68,1% abaixo (-41,9pp) do verificado no período homólogo anterior. Já a taxa de ocupação global média/cama foi de 2,9%, 32,1pp abaixo da verificada em março de 2020 (-91,6%).

A associação indica que a taxa de ocupação registou o valor mais baixo de sempre para o mês de março. A descida de 81,2% relativamente a março de 2020 corresponde a uma descida de 89,9% relativamente ao mesmo mês de 2019. A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus COVID-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início do mês de março de 2020.

Todas as zonas geográficas sofreram fortes quebras, que oscilaram entre -96,2% (-18,7pp) em Lagos/ Sagres e -77,3% (-14,8pp) em Portimão / Praia da Rocha. A zona de Lagos/Sagres foi a que registou a taxa de ocupação mais baixa, 0,7%, enquanto a mais alta ocorreu na zona de Faro / Olhão, com 6,4%. Por categorias, as descidas variaram entre -89,9% (-20,4pp) nos hotéis e aparthotéis de 4* e -74,0% (-22,6pp) nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5* e 4*. Os hotéis e aparthotéis de 4* foram os que registaram a taxa de ocupação mais baixa (2,3%), sendo que a mais alta ocorreu nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 3* (13,8%).

As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-5,6pp, -96,7%), dos Países Baixos (-3,0pp, -94,9%) e da Alemanha (-2,9pp,-95,6%). Nos últimos 12meses, o Reino Unido é o mercado com a maior descida acumulada (-14,0pp, -89,3%) seguido pela Alemanha (-4,1pp, -76,9%) e Irlanda (-2,8pp, -91,2%).

Em março, a maior fatia das dormidas coube aos turistas portugueses com 71,3%, seguidos pelos britânicos (4,3%), holandeses (3,6%) e alemães (3,0%). Relativamente ao número de hóspedes os portugueses lideraram com 83,6%, seguidos pelos espanhóis (2,5%), alemães (2,1%) e franceses (1,6%).

Durante o mês, a estadia média por pessoa situou-se nas 3,4 noites, menos 2,5 que o verificado no período homólogo de 2020. Os turistas holandeses (17,3 noites) registaram as estadias mais prolongadas, seguidos dos canadianos (11,8), polacos (11,7) e noruegueses (11,6). A estadia média dos portugueses situou-se nas 2,9 noites, mais 0,2 que o verificado no ano anterior.

Em março, a maioria das reservas foi feita diretamente nos sites das unidades de alojamento. O peso das reservas através dos operadores turísticos quer tradicionais e quer online foi muito inferior ao habitual.

O volume de vendas total, em termos nominais, diminuiu -81,7% relativamente a março de 2020 (-86,0% relativamente a março de 2019).

Por zonas geográficas, as maiores descidas verificaram-se em Carvoeiro / Armação de Pêra (-88,6%), Lagos / Sagres (-87,4%), Albufeira (-86,4%) e Monte Gordo / VRSA (-83,0%). Por categorias, as maiores descidas ocorreram nos hotéis e aparthotéis de 5* (-91,1%), nos de 4* (-89,4%) e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4* (-78,9%).

O movimento de passageiros no aeroporto de Faro em março terá sido cerca de 11 mil passageiros, o que corresponderá a uma descida de cerca de 95% face ao mesmo mês do ano anterior e de -97,5% face a 2019. Em valores acumulados, nos últimos 12 meses, o movimento de passageiros regista uma descida face ao período homólogo de -82,9%, o que corresponde a menos 7,3 milhões de passageiros.

França, com 24,8% dos passageiros movimentados, foi a origem/destino mais importante, seguida por Portugal (19,9%), Países Baixos (14,7%) e Alemanha (7,5%). As maiores variações ocorreram nos passageiros de e para a Alemanha (-35.119 movimentos), Holanda (-31.029) e Portugal (-30.150).