Como a AHP – Associação da Hotelaria de Portugal vem reiterando, desde 2016, quando as primeiras notícias sobre a prospeção de petróleo vieram a público, a simples associação da marca “Portugal” e “Algarve” a uma indústria poluidora como a exploração de petróleo será “muito negativa para o Turismo”, refere em comunicado enviado à imprensa.
A associação recorda que o Algarve e a Costa Vicentina, onde Aljezur se insere, têm apostado fortemente na sua promoção internacional assente na sustentabilidade, como destino para famílias, de Sol e Mar, a par de outros segmentos como turismo de natureza e de desporto. Paralelamente, o Algarve é reconhecidamente o maior destino turístico nacional.
E acrescenta que esta decisão de se avançar agora, sem um estudo de Impacto Ambiental, é “claramente nociva”, uma vez que a “«simples» prospeção é suscetível de gerar impactos negativos, seja sobre a fauna e a flora, seja do ponto de vista económico-social, porque afeta a imagem do destino e as comunidades residentes que têm no mar uma importante fonte de rendimento”.
Para Raul Martins, presidente da AHP, “o turismo sustentável e a prospeção de petróleo não são compatíveis, pelo que esta situação só irá prejudicar o maior setor exportador do país e que contribui de forma significativa para a economia nacional. Já para não falar da imagem que passa de Portugal, melhor destino do mundo, associado a uma indústria tão poluidora como esta. Há que definir prioridades.”