AHP e Endesa assinam protocolo de cooperação para aumentar a eficiência energética no setor

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) e a Endesa assinaram ontem, dia 4 de julho, um protocolo de cooperação que procura, essencialmente, diminuir a fatura energética no setor. Segundo Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal, a energia é “tipicamente” o segundo maior custo da hotelaria a seguir aos salários.

O protocolo foi assinado pelo presidente da AHP, Raul Martins, e pelo general manager – B2B Portugal da Endesa, Miguel Mendes, num momento que antecedeu o almoço mensal de associados da AHP e que recebeu como convidado Nuno Ribeiro da Silva, que refletiu sobre o tema “Muda a Energia, mudar Comportamentos“.

À Ambitur.pt, o presidente da Endesa Portugal revelou que “o interesse do setor hoteleiro que nos foi transmitido decorre da fatura energética [elétrica, de gás natural e de combustíveis líquidos] ser tipicamente o segundo custo da indústria, a seguir aos salários”. Acresce o desafio da “volatilidade dos mercados” que torna difícil às empresas prever as despesas com a energia. Raul Martins adiciona que “os custos com as utilities são um dos principais desafios à operação hoteleira no nosso país”.

Assim, a parceria entre a AHP e a Endesa vem proporcionar melhores condições comerciais aos associados da AHP assim como permitir um maior conhecimento do mercado através de um conjunto de ferramentas para otimizar os hotéis na vertente energética, incluindo técnicas avançadas de compra de energia, saber qual a melhor altura para o fazer e estar a par das mais recentes soluções de eficiência energética.

Tudo com o acompanhamento e aconselhamento de gestores comerciais da Endesa, para ajudar às decisões de contratação, em termos de eletricidade, gás natural e serviços de valor acrescentado, incluindo também o financiamento de projetos de melhoria da eficiência energética (por exemplo, a auto produção de energia).

Nuno Ribeiro da Silva comenta que atualmente existe uma grande “variedade de oferta” e que o perfil do consumidor é muito diferente. “Cada setor é um setor e dentro do setor existem diferentes casos. Temos grandes hotéis e pequenas unidades. Um hotel urbano não tem nada haver com um resort com casas espalhadas”. O responsável não tem dúvidas de que “as pessoas não vivem sem energia, têm de contratar energia, e não sendo especialistas ficam com muitas dúvidas e desorientadas. O meu negócio são hotéis, não é ser especialista em energia”, ilustra.