Com o aproximar do fim de ano, é hora de fazer balanços e perspetivar números para o ano que se segue. Neste sentido, a hotelaria portuguesa prevê para 2018 uma melhor performance nos principais indicadores estatísticos. De acordo com os respostas ao inquérito da Associação da Hotelaria de Portugal, apresentado esta segunda-feira em Lisboa, 89% dos hoteleiros inquiridos esperam uma melhor receita total e de alojamento, 86% um aumento do preço médio por quarto vendido (ARR) e 85% um melhor RevPar.
Segundo os dados, os inquiridos consideraram ainda que agosto (22%), setembro (22%) e julho (12%) serão os meses mais fortes, em contraste com janeiro, fevereiro e dezembro que serão os meses mais fracos.
No caso do Norte, Centro, Alentejo e Açores, Portugal irá ser o principal mercado para as suas unidades hoteleiras. O mercado francês ocupa o primeiro lugar do top em Lisboa, sendo que no Algarve e na Madeira, o Reino Unido continua a ser o principal mercado internacional.
Questionados sobre quais as principais oportunidades ao nível dos mercados emissores, a maioria das respostas apontou os Estados Unidos (26%), China (22%) e Brasil (21%). Relativamente aos principais constrangimentos à sustentabilidade do negócio, 30% responderam que recaem sobre os custos com utilities, sendo que apenas 6% dos inquiridos acreditam que o Brexit pode ter um impacto negativo nas suas atividades.
Balanço de 2017
Segundo os dados do último Hotel Monitor de 2017, 74% dos inquiridos afirma ter tido uma melhor taxa de ocupação ao longo do ano, bem como um melhor ARR (82%). Na estada média, 47% dos hoteleiros declaram apenas que 2017 foi igual ao valor atingido em 2016.
Nos dados consolidados entre janeiro e setembro deste ano, a taxa de ocupação cresceu 74% (+2,7% do que em 2016), o ARR situou-se nos 90 euros (+10%) e o RevPar nos 66 euros (+14%). Em performance relativa em 2017, o destino nacional que mais cresceu em taxa de ocupação foi Viseu (+7,5%), no ARR foi a região Oeste (+15%) e no RevPar a tríade Leiria, Fátima e Templários (+27,4%). Em termos absolutos, os resultados indicam que Madeira, Algarve e Lisboa foram os destinos que mais cresceram.
De acordo com a AHP, em 2017, destaque para o mês de abril, em que se registou a melhor taxa de ocupação, assim como um melhor ARR e um melhor RevPar.
Por fim, os números revelam ainda que 30% das dormidas são de turistas, contra 70% de dormidas de turistas estrangeiros. Nos hóspedes observa-se a mesma tendência, onde apenas 39% são portugueses e 61% são de turistas estrangeiros. Em dormidas, Reino Unido, Alemanha e Espanha fecham o top 3, sendo que ao nível dos hóspedes, Reino Unido mantém o primeiro lugar, seguido de Espanha e Alemanha.
Outubro regista novo crescimento
No mês de outubro, os dados provisórios apresentados hoje pela AHP apontam para um aumento de 2,1 pontos percentuais face a 2016 na taxa de ocupação que se situa nos 79%. O ARR situou-se nos 90 euros, o que representa um aumento de 13% e o RevPar situou-se nos 71 euros, mais 18% do que em 2016