A AHP (Associação da Hotelaria de Portugal) fez um balanço da operação hoteleira durante o período da Páscoa, mais exatamente o fim de semana de 28 a 31 de março.
Num inquérito realizado de 20 a 31 de maio aos seus associados (total de 378 empreendimentos), verificou-se que neste período a taxa de ocupação nacional ficou nos 73%, muito perto da expetativa anteriormente demonstrada de 75%. No Norte, Oeste e Vale do Tejo, Açores e Madeira, a taxa de ocupação real da Páscoa ficou acima da expectativa, enquanto no Centro, Grande Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve a ocupação ficou abaixo daquilo que era esperado.
No caso do Algarve, onde a expectativa de ocupação rondava os 78%, na realidade a taxa verificou-se nos 65%, o que poderá ser justificado pelas alterações climatéricas que a região sofreu no período da Páscoa.
Em relação ao preço médio nacional (144 euros), o mesmo ficou muito perto do que era expectável. A Grande Lisboa e o Alentejo tiveram um preço médio acima da média nacional, 176 e 151 euros, respetivamente. Pelo contrário, a região Norte, Alentejo, Setúbal, Madeira e Açores verificaram preços médios abaixo da sua inicial expectativa.
A estada média nacional foi de 2,7 noites, tendo a Madeira, Algarve e Açores verificado as maiores estadas médias, ficando mesmo acima do número nacional. A região do Centro foi, por oposição, a que teve a estada média mais baixa (1,8 noites).
Numa comparação entre o fim de semana de Páscoa e o restante mês de março (dados do INE), a taxa de ocupação foi mais alta no primeiro momento face ao segundo (73% vs 62%). O mesmo aconteceu com o preço médio (que em março foi de 102 euros) e com o RevPAR (que no mês foi de 60 euros).
Sobre os três principais mercados, 76% dos associados AHP apontou Portugal, 62% apontou Espanha, 39% o Reino Unido e 32% verificou os EUA. Ainda 30% dos associados considerou a Alemanha entre os três primeiros mercados, 23% apontou França e 8% apontou Brasil.
No que diz respeito aos proveitos (totais e de aposento), as regiões Norte, Grande Lisboa e Algarve indicaram sobretudo “Pior” face a 2023. Já a Madeira, Centro e Setúbal indicaram essencialmente “Melhor”.
“Há ainda trabalho de descentralização e sazonalidade a fazer em algumas regiões”, analisou Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP.
Por Diana Fonseca
Leia também…
AHP: Taxa de ocupação do verão 2024 poderá andar perto dos resultados do ano passado