AHP salienta benefícios da reposição de subsídios

A presidente da direcção executiva da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) afirmou à Lusa que o abrandamento da quebra do mercado interno no sector este ano se deveu à reposição dos subsídios da função pública.

&O ano passado a quebra do mercado português foi violentíssima, por comparação a 2011. O mercado português tem estado sustentadamente a descer. De 2012 para 2011 já se tinha assistido a uma variação muito negativa. Os hóspedes de Portugal tinham caído, de 2011 para 2012, 6,3%, e as dormidas de portugueses tinham caído 7,5%. Este ano continuou a quebrar, em acumulado a Outubro, mas ainda assim quebrou menos&, afirmou Cristina Siza Vieira.

De acordo com a dirigente da associação, que disse que as dormidas de turistas nacionais caíram 1,8% este ano e os hóspedes 2,2%, &o mercado português continuou a cair, mas obviamente com um abrandamento já muito substancial, o que significa que houve um efeito directo em todo o consumo da reposição dos subsídios, por um lado, por outro pelo facto de muitos portugueses estarem a fazer férias em Portugal e não tanto a sair&.

&Estimamos que este abrandamento de 2,2% se justifique um pouco por isso: fazem mais férias cá, ajustaram o padrão de consumo, estão menos períodos, mas vão fazendo algumas férias em Portugal e não vão tanto para o estrangeiro&, salientou Cristina Siza Vieira.
A responsável&destacou que o maior crescimento durante os primeiros dez meses do ano deu-se no mercado alemão, em termos de números de hóspedes, seguindo-se os EUA e a França.

&Achamos que a Alemanha tem um potencial imenso, é onde se tem dado o maior crescimento, mas ainda assim é praticamente metade do mercado do Reino Unido&, que se mantém como principal mercado do turismo português.