De acordo com o AHP Tourism Monitors, ferramenta exclusiva de recolha de dados da hotelaria nacional trabalhados mensalmente pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, no mês de setembro de 2018 a taxa de ocupação decresceu 2,2 p.p., enquanto o ARR e RevPAR registaram crescimentos de 4% e 2%, respetivamente.
Em setembro de 2018, a taxa de ocupação quarto a nível nacional decresceu 2,2 p.p., fixando-se nos 86%. Os destinos turísticos com a taxa de ocupação mais elevada foram Lisboa e Grande Porto (92%) e Madeira (90%). No mês de setembro, em Portugal, verificou-se uma variação negativa em todas as categorias, com destaque para a quebra de 4 p.p. nas três estrelas.
O ARR subiu 4%, fixando-se em 106 euros. De realçar, neste indicador, o aumento em todas as categorias, à excepção das 5 estrelas onde a variação foi de menos 2%. O RevPar fixou-se nos 91 euros, mais 2% face ao período homólogo. Os destinos turísticos com o RevPar mais elevado foram Lisboa (124 euros), Algarve (103 euros) e Estoril/Sintra (92 euros).
Balanço de verão
No ARR e RevPar, e comparando com 2017, todas as categorias registaram uma melhor performance, com os destinos Lisboa, Algarve, Madeira, Açores, Alentejo e Beiras a refletirem um crescimento relativamente ao ano anterior. Exceção para o Grande Porto que teve um melhor verão de 2018 no ARR, mas decresceu no RevPar, face ao período homólogo anterior.
O ARR, a nível nacional fixou-se nos 115 euros, mais 7% do que em igual período do ano anterior, enquanto o RevPAR cresceu 4%, fixando-se nos 97 euros.
Na taxa de ocupação, o verão de 2018 foi melhor do que o de 2017 nos destinos Beiras e Alentejo. A nível nacional, a taxa de ocupação registou uma quebra de 2,2 p.p., fixando-se nos 84%. Neste indicador, destaque para a categoria 2 estrelas, a única a ultrapassar os valores do ano anterior. As 5 estrelas tiveram um melhor verão em 2016 e as 4 e 3 estrelas em 2017.
A estada média registou uma quebra face a 2017, a nível nacional, de 0,5% e fixou-se nos 2,03 dias.
Cristina Siza Vieira, da AHP – Associação da Hotelaria de Portugal, refere que “os resultados acumulados do verão confirmam o que os indicadores de cada mês pré-anunciavam: um verão melhor para a Hotelaria nacional em ARR e RevPar e quebra na TO, em linha com o indicado pelos hoteleiros em resposta ao inquérito feito em junho “Perspetivas Verão 2018”.
“De registar que desde a existência dos AHP Tourism Monitors, 2004, este foi o melhor verão de sempre naqueles indicadores [ARR e RevPar], demonstrando que o preço médio é o motor do crescimento dos resultados da Hotelaria, o que é inegavelmente muito positivo”, conclui a responsável.
Destinos turísticos: setembro 2018
Minho
Em setembro de 2018, a taxa de ocupação quarto foi de 73%, revelando uma quebra de 4,4 p.p. face ao período homólogo. Os preços médios por quarto ocupado e disponível foram, neste mês, de 65 euros e 47 euros, respetivamente.
Grande Porto
Durante o mês de setembro de 2018, o RevPar apresentou uma variação negativa de 3% e o preço médio por quarto ocupado fixou-se nos 96 euros. A taxa de ocupação quarto foi de 92%, menos 0,7 p.p. do que em setembro de 2017.
Beiras
Durante o mês de setembro de 2018, o destino turístico Beiras apresentou variações positivas de 1,5 p.p. na taxa de ocupação quarto, fixando-se nos 68%, e 9% no RevPar face ao período homólogo. O preço médio por quarto ocupado foi de 67 euros.
Coimbra
Em setembro de 2018, as unidades hoteleiras de Coimbra apresentaram uma taxa de ocupação quarto de 84%, o que representa uma quebra de 0,6 p.p. face ao período homólogo. O preço médio por quarto ocupado foi de 68 euros e o RevPar cresceu 8%.
Viseu
Em setembro de 2018 a taxa de ocupação quarto foi de 60%, revelando uma subida de 1,5 p.p. face a setembro de 2017. O preço médio por quarto ocupado registou uma quebra de 6%, face ao período homólogo anterior, e o RevPar fixou-se nos 31 euros.
Oeste
Em setembro de 2018 a taxa de ocupação quarto foi de 74%, evidenciando uma quebra de 4 p.p. face a setembro de 2017. No mesmo período, o preço médio por quarto ocupado estagnou fixando-se nos 78 euros, enquanto o RevPar decresceu 5% face a setembro do ano anterior.
Leiria/Fátima/Templários
No mês de setembro de 2018 destaque neste destino para a quebra da taxa de ocupação quarto em 13,1 p.p., face ao período homólogo, atingindo os 63%. O preço médio por quarto ocupado foi de 60 euros e o RevPar acompanhou a quebra da taxa de ocupação e desceu 13%.
Estoril/Sintra
Durante o mês de setembro de 2018, a hotelaria do destino Estoril/Sintra apresenta variações negativas de 4,5 p.p. na taxa de ocupação quarto, fixada em 84%, e 3% no RevPar. O preço médio por quarto ocupado fixou-se nos 109 euros.
Lisboa
No mês de setembro de 2018, o destino turístico Lisboa registou uma taxa de ocupação quarto de 92%, revelando uma ligeira subida de 0,2 p.p. face a setembro de 2017. Em termos de RevPar, o valor de setembro de 2018 cifrou-se em 124 euros. O preço médio por quarto ocupado cresceu 1%.
Costa Azul
As unidades hoteleiras deste destino apresentaram, no mês de setembro, um preço médio por quarto ocupado de 73 euros. A taxa de ocupação quarto foi de 84%, menos 5,1 p.p., e o RevPar caiu 6%.
Alentejo
Os hotéis deste destino apresentaram no mês de setembro um preço médio por quarto ocupado de 73 euros e o RevPar cresceu 3%.
A taxa de ocupação quarto foi neste mês de 82%, evidenciando um aumento de 0,7 p.p. face ao período homólogo anterior.
Algarve
Em setembro de 2018, a taxa de ocupação quarto no Algarve foi de 87%, menos 2,2 p.p. face ao mês homólogo de 2017.
A taxa de ocupação quarto, quando comparada por zonas, foi superior no Algarve Barlavento (92%), face ao Algarve Sotavento (81%) e ao Algarve Centro (85%).
O preço médio por quarto ocupado foi, em setembro de 2018, de 118 euros e o RevPar aumentou 4%.
Madeira
Em setembro de 2018, a hotelaria da Madeira apresentou uma taxa de ocupação quarto de 90%, menos 2,4 p.p. face a setembro de 2017. O preço médio por quarto ocupado foi de 81 euros e o RevPar cresceu 12%.
Açores
Em setembro de 2018, a Hotelaria dos Açores apresentou uma taxa de ocupação quarto de 82%, menos 2,7 p.p. do que no período homólogo anterior. O preço médio por quarto ocupado foi de 87 euros e o RevPar registou um crescimento de 10%.