AHRESP: “Com certificados digitais e testes, restrições devem ser levantadas”

Na passada quinta-feira, dia 8 de julho, foi decidido, em Conselho de Ministros, que passam a ser exigidos certificados digitais ou testes negativos para acesso a estabelecimentos turísticos e de alojamento local, em todo o território continental, e para permanência no interior dos restaurantes, nos municípios de risco elevado e de risco muito elevado.

Visto que, na visão do Governo, a obrigatoriedade de testes e certificados é uma medida que ajuda a controlar a situação pandémica, então “as restrições ao funcionamento dos estabelecimentos de restauração, similares e do alojamento turístico devem ser levantadas, nomeadamente a limitação horária e de lotação, devendo ainda ser permitido o funcionamento dos estabelecimentos de animação noturna, encerrados há mais de um ano”. Quem o diz é a AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal), constando que, “não obstante a importância das medidas”, a especificidade das atividades económicas exige um período de adaptação: “Existem reservas confirmadas, hóspedes instalados e muitas incertezas quanto à respetiva operacionalização, pelo que uma medida desta amplitude requer tempo e clareza”, alerta.

Esta associação tem sistematicamente sinalizado a necessidade de se compensar o impacto das medidas sanitárias nas empresas, com as respetivas medidas económicas. “A evolução desta crise sem fim esgotou por completo a tesouraria das nossas empresas, que já não têm qualquer capacidade para suportar mais custos”, lê-se num comunicado divulgado pela AHRESP.

Neste sentido, a associação vai apresentar ao Governo um “novo plano”, com medidas concretas de apoio às empresas da restauração, similares e do alojamento turístico. A bem das empresas, dos profissionais e da economia do país, “é imperioso o reforço de apoios a fundo perdido, pois só assim será possível assegurar a sobrevivência dos negócios e a manutenção dos milhares de postos de trabalho”, sublinha.