Airmet (com tudo em aberto relativamente a fornecedores e) ao ritmo do Rock In Rio em 2026

Numa parceria inédita, a Airmet assinou um acordo para a próxima edição do Rock in Rio em Lisboa. Esta foi uma das novidades apresentadas pelo agrupamento de agências de viagens na sua convenção anual que decorreu em Huelva, Espanha.

O agrupamento de agências de viagens Airmet conta atualmente com 540 agências (balcões), representando 430 empresas, tendo registado um aumento perto dos 10% ao nível de agências comparativamente com o ano anterior. Relativamente ao futuro Susana Fonseca, diretora-geral da Airmet, reforça que “estamos numa fase em que queremos crescer consistentemente no número de agências e apostar, sobretudo, em novas angariações com alguma solidez, estamos aqui numa fase um bocadinho mais seletiva também na permissão de entrada de agências na rede”. Acrescenta a responsável que é importante que os novos empresários já tenham formação na área e que mostrem ter um projeto que indique que pretendam permanecer no mercado durante algum tempo.

Relativamente ao volume de negócios do grupo, os responsáveis avançam com um crescimento de cerca de 16% de janeiro a 31 de agosto de 2025, comparativamente com o ano anterior. A Airmet, que se assume como líder de volume de vendas em viagens de lazer, explica que isso se sustenta no core business dos seus associados, que se dedicam preferencialmente a esse tipo de negócio, sobretudo no que diz respeito ao produto da charter. Indica Susana Fonseca que temos “agências muito boas produtoras nessa área e, como tal, o nosso volume de faturação, efetivamente, está fortíssimo e aí somos líderes em Portugal”. Mas, ressalva que o crescimento registado a 31 de Agosto não é só em pacotes de lazer, estando incluído outros segmentos como a hotelaria e aviação.

As declarações que foram feitas à margem da Convenção da Airmet, que decorreu em Huelva, à imprensa turística, também visam dar conta das novidades do grupo. De acordo com a responsável, “estamos aqui a fazer lançamentos de novas ferramentas para as quais as agências não vão sequer ter custos para poder utilizá-las”. Uma delas visa a promoção dentro do grupo de produto das suas próprias agências: “vamos lançar uma plataforma online, dentro do nosso intranet, onde eles vão poder promover esses produtos e ficam lá consultáveis por qualquer outro agente da rede”. Por outro lado, a empresa está a lançar também novos sites B2C, aqui “encontrámos uma alternativa e vamos agora também dar a possibilidade à nossa rede de ter uma presença online com total quantidade de produto, ou seja, produto de charter, hotelaria, voo mais hotel, atividades, entre outros”.

Destaca ainda Susana Fonseca, como novidade apresentada à rede, que “assinámos também um acordo com o Rock in Rio em 2026 e as nossas agências de viagens vão ser parceiras do evento”.

Fornecedores para 2026: “Está tudo em aberto!”

Relativamente ao mercado indica a responsável que as notícias não são más, pois “não houve aquela quebra que habitualmente existe no pós-verão. Falei com vários colegas, temos percebido que, ao contrário daquilo que é o expectável, tem continuado a existir uma procura interessante ainda por férias, nesta altura do ano, e estamos a falar já de procura para viagens em 2026”.

Olhando para 2026 e para as negociações com os fornecedores a responsável deixa tudo em aberto. “Em breve vai começar a contratação de 2026 e queremos, obviamente, continuar a ter as melhores condições de mercado para as nossas agências viárias serem cada vez mais rentáveis. Queremos escolher em consciência os fornecedores para cada uma das categorias que temos (premium e preferenciais), mas não só com o foco na questão da rentabilidade, mas também na capacidade de resposta desses fornecedores; na forma como trabalham; aqueles que apoiam efetivamente as agências”. Pois indica Susana Fonseca que este ano foi um ano muito complicado para as agências, “houve muitos problemas, muitos aviões atrasados, muitos aviões que não descolaram. E o que define, a meu ver, muitas vezes, um fornecedor, é o serviço que eles prestam às agências quando as coisas não correm bem. Portanto, se nós estamos numa rede tão grande, onde queremos proteger as nossas agências destas circunstâncias, temos que focar também a nossa contratação naqueles que prestam o melhor serviço e que têm melhor capacidade de resposta. Como disse, ainda não começaram as negociações, portanto está tudo em aberto!”.

Relativamente a dados a 31 de agosto, os maiores fornecedores na operação turística para o grupo são Newblue, Solférias e Travelplan. Em destinos destacam-se a República Dominicana, Tunísia e as ilhas portuguesas, no verão em particular a Madeira e o Algarve, outros destinos com volume de vendas foram México e Cabo Verde.

Continuando neste tema, acrescenta Susana Fonseca que “não temos uma visão de mudança neste conceito no que respeita à categorização dos fornecedores. Queremos sim crescer em volume de vendas, sem dúvida nenhuma, porque não queremos ser só líderes no que respeita ao lazer”.

Por Pedro Chenrim, em Huelva, a convite da Airmet.