Airmet fecha 2019 com 221 milhões de euros em faturação

“Estamos num ciclo económico bastante bom na distribuição e com crescimentos interessantes de dois dígitos”, afirma Paulo Mendes, diretor geral da Airmet, revelando que fecharam 2019 com um “crescimento geral de 10%”. O responsável falava aos jornalistas na XVII Convenção realizada no hotel Solverde, em Espinho, num fim-de-semana que juntou 312 participantes, dos quais 210 eram agentes de viagens. Com uma “estratégia muito bem definida”, Paulo Mendes precisa que, ao “nível de pontos de venda, crescemos 5%”, contando, atualmente, com 300 balcões e que, ao “nível da faturação, o crescimento foi 10%, correspondendo a 221 milhões de euros”. Já nos fornecedores estratégicos, Paulo Mendes afirma que cresceram 14%, ressaltando a “importância de todos” neste valor. No Top 10 de fornecedores estratégicos, a Airmet conta assim com “cinco operadores turísticos; quatro centrais de reserva e uma companhia de cruzeiros”.

Ao nível dos destinos, o diretor afirma que “estão muito em linha com o mercado. Hoje em dia, os destinos que se vendem mais têm muito a ver com a capacidade instalada que existe no mercado a nível de operação charter”. Além disso, o facto de se tratar de uma “rede generalista”, marcada pela “diversidade e heterogeneidade”, faz com que não haja uma especialização específica: “Temos uma componente de corporate importante na nossa rede mas o lazer continua a ter o maior peso, superior a 50%”, refere o responsável.

“Temos que colocar a possibilidade de não ser um ano bom”

Para 2020, os objetivos são ambiciosos: “Queremos continuar a crescer”, declara Paulo Mendes. Até ao início do ano, a Airmet registava um “crescimento acima dos 20%” e com “bons resultados” nas vendas antecipadas.

No entanto, o responsável afirma que há desafios pela frente, havendo a necessidade de gerir as situações caso a caso: “As perspetivas eram boas e continuam a ser otimistas. Mas temos que colocar a possibilidade de não ser um ano bom”. Tudo vai depender do comportamento da procura ao nível geral: “Se a procura se mantiver estável, será um ano bom. Se houver alguma quebra de confiança na procura, vai ser um ano menos bom”. A premissa passa assim por “transmitir confiança ao cliente”, tendo em atenção as variantes macroeconómicas existentes: “Houve uma perda de três triliões de dólares em capitalização bolsista a nível mundial”. Paulo Mendes alerta para os “vários setores económicos que estão a sofrer” e que acabam por “afetar tudo o resto”, nomeadamente o “cancelamento de grandes eventos, viagens de negócios, incoming ou importações e exportações”. O pensamento do diretor geral da Airmet é de que “o nosso raciocínio não pode ficar só depende dos clientes viajarem ou não”, havendo uma “série de variáveis muito importantes a ter em conta e que são macroeconómicas. Aqui há sinais bastante preocupantes a nível mundial”.