Luís Henriques abraçou, no início da pandemia, a liderança do grupo de agências de viagens Airmet. Em 2020, este agrupamento de viagens contava com 263 balcões e dificuldades em desenvolver-se. Passados três anos e meio, muito mudou. Entre fracassos e conquistas, a rede quase que duplica o número de balcões de agências associadas, ameaçando a liderança no mercado, e apresentando uma taxa de saída da rede de apenas 5%. O gestor aproveitou o recente evento que a Airmet promoveu com o grupo turístico W2M, Airmet Summit, que está a decorrer na República Dominicana, para contar um pouco da sua história, que se fechará a 31 de dezembro.
“Airmet – Um empresa com história” foi o mote que levou Luís Henriques ao palco perante 40 associados da empresa, para abordar o trajeto desta de 2020 ao dia de hoje. “A minha história na Airmet é curta em termos de tempo, mas muito complexa em termos de dificuldade e desafios”, sintetiza desde logo o gestor. Em 2020, o empresário estava focado nas suas empresas em pleno crescimento, à boleia do boom da procura turística que se registava a nível mundial. Mas, e curiosamente, após a convenção da Airmet em Espinho, surge a pandemia. “Este foi um período mesmo muito difícil para todos, vivíamos de incertezas, sendo a maior preocupação salvaguardar e garantir os salários dos colaboradores”, recorda. O setor turístico foi uma das atividades económicas mais afetadas mundialmente, vindo de um período avassalador com as vendas a crescerem. Em 2019, a Airmet vendia com os principais operadores 211 milhões de euros. Na pandemia, as empresas pararam e foram de uma forma tímida apoiadas pelo Governo, considera o empresário.
A situação não estava fácil para ninguém… a Airmet ficou sem direção comercial e necessitava de um novo rumo para o seu desenvolvimento. “Quando Miguel Quintas, proprietário da marca, fala comigo, o país estava completamente fechado. Em julho, encontramo-nos na minha agência em Lisboa, com a cidade parada, e o Miguel faz-me o desafio” mas, enfatiza o gestor, este “não era o mais apetecível do mundo: pegar numa rede de agências de viagens na maior crise da história não é propriamente um sonho de vida”. Mas aceitou o convite. Indica Luís Henriques que “a verdade é que sou uma pessoa de desafios e a ideia de fazer algo diferente sempre puxa por mim”.
Por Pedro Chenrim, no 1º Airmet Summit, na República Dominicana