“Ajudar o tecido empresarial a resistir e a sobreviver” é a preocupação do Centro de Portugal

A Covid-19 está a ter um impacto nefasto em toda a economia portuguesa e as empresas turísticas da região Centro de Portugal são as que mais sofrem com esta pandemia. 

Em exclusivo à Ambitur.pt, o presidente da Entidade Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado, assume que, até à data, “todos os estabelecimentos da região reportam cancelamentos e uma diminuição forte de reservas”. Além disso, são “dezenas de empreendimentos turísticos que estão encerrados”, atenta.

Neste cenário, a TCP assume que a grande preocupação passa por “ajudar o tecido empresarial a resistir e a sobreviver” a esta crise. “Precisamos destas empresas e destes empresários”, declara o presidente, realçando que “têm sido um pilar fundamental para o sucesso, posicionamento e diferenciação” da região. “São aliados incontornáveis da nossa estratégia”, reforça Pedro Machado, afirmando que a prioridade da entidade é “ser um forte parceiro para as nossas empresas e empresários”, procurando prestar-lhes “toda a informação disponível” e auxiliar nas “decisões tomadas”. Assim sendo, a TCP atua junto das diferentes instituições, de forma a “sensibilizar” todo o tecido empresarial para a “premência de medidas imediatas”. Mas também atenta que os próximos meses “serão de enorme exigência para todos”.

Com a missão de “informar e assessorar” o tecido empresarial turístico, além de promover as “boas práticas” junto da população para “ultrapassar com segurança, e o mais rapidamente possível, a pandemia”, a entidade do Centro está a procurar, junto com a secretária de Estado do Turismo e o Turismo de Portugal, “articular todas as medidas que possam ser pensadas e aplicadas a curto prazo”, apoiando as empresas e os empresários do setor turístico. É um trabalho que tem sido desenvolvido pelo Gabinete de Apoio ao Empresário: “mediante contacto telefónico e por correio eletrónico, tem prestado assessoria a todos quantos precisam de esclarecimento sobre quais as medidas em vigor e como delas dispor”, refere o presidente.

Paralelamente, a TCP assumiu a responsabilidade de se solidarizar com o país e com o mundo, apelando à sensibilização no sentido de alertar para necessidade de “ficar em casa”. Nesta matéria a TCP está a promover uma nova campanha – #haveratempo – de forma a que a população siga estritamente as recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS).

“Nada voltará a ser o mesmo após esta pandemia”

Com os olhos no “pós crise”, a TCP continua com o trabalho de preparação de forma a que “possamos avançar com iniciativas de promoção turística” contribuindo de “forma substancial para a mitigação dos efeitos nefastos da Covid-19”, afirma o dirigente.

Pedro Machado acredita que o turismo e outros setores terão necessariamente de mudar: “Nada voltará a ser o mesmo após esta pandemia”. No entanto, para este responsável, as crises obrigam à “originalidade”, à “criatividade” e à “procura de soluções”, despertando em todos a necessidade de “antecipar problemas e obstáculos”. Não restam dúvidas de que o turismo será o setor mais afetado desta crise economia mundial, mas Pedro Machado acredita também que “será o primeiro a sair dela: diferente, mas mais forte, e capaz de prever soluções e de ter planos de contingência para lidar com situações similares no futuro”.