A Rede das Aldeias Históricas de Portugal continua a apostar em se tornar, cada vez mais, um destino “inteligente, sustentável e inclusivo” e para isso, ontem, deu mais dois passos nessa direção: torna-se o primeiro destino, em rede, totalmente coberto com fibra ótica e com wi-fi gratuito e integra a maior Rede de Percursos Cicláveis do país, com 3.500 quilómetros de paisagem de perder de vista.
António Robalo, presidente da Direção das Aldeias Históricas de Portugal, atenta que “o percurso que se tem realizado em torno de uma estratégia assistida pelo princípio do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo, tem sido revelador de que este é o caminho certo”. A sua missão assenta na “criação de ativos e de mecanismos facilitadores para dotar a rede de maior competitividade”, hoje reforçada por estes projetos. Para si, “capacitar e qualificar as aldeias em si é extremamente importante, assim como olhar de forma integrada para elas e para a sua envolvente, para a natureza, percursos e toda a história”.
Um Destino Mais Inteligente
O “destino inteligente” das Aldeias Históricas foi apresentado pelo responsável pela Direção de Coordenação Institucional, Corporativa e Comunicação da Altice Portugal, André Figueiredo, que transmitiu que “as Aldeias Histórias hoje estão cobertas com 100% de rede de fibra ótica e têm wi-fi”.
O responsável sublinha que este é um “projeto ambicioso, exigente e de grande prestígio para o país” com o esforço da Altice num “investimento inédito” em Portugal. Neste momento, a empresa já investiu mais de dois mil milhões de euros, de capitais próprios, em fibra ótica (em mais de 5,3 milhões de casas) no país o que fez com que Portugal, seja na Europa, o país com maior taxa de cobertura de fibra ótica. O que foi feito nas Aldeias Históricas é, assim, “um perfeito exemplo daquilo que o nosso país precisa” e “colmata um conjunto de problemas que o interior do país tem” como a iliteracia digital, algum sub desenvolvimento e isolamento.
André Figueiredo recorda ainda o investimento que foi feito para uma taxa de cobertura de fibra ótica de 100% em seis concelhos da Serra da Estrela e que permitiu que “jovens que estavam fora voltassem às suas terras e pudessem dali fazer o seu trabalho” e “empresários desenvolvessem ali os seus investimentos”. No fundo, “o combate à desertificação também se faz assim” criando as “melhores oportunidades para todos”. E também para que “todos os que nos visitam, olhem para Portugal de outra forma”.
O projeto confere às Aldeias Históricas de Portugal o estatuto de primeiro destino, em rede, totalmente coberto com fibra ótica e com wi-fi gratuito. Além disso, foi implementado um sistema beacon, por tecnologia bluetooth, e uma aplicação móvel para os turistas. Esta app permite às aldeias interagirem com os visitantes, fornecendo informação georreferenciada e contextual, eventos e outras notícias úteis e é também uma aplicação inclusiva, uma vez que disponibiliza áudio guias em várias línguas e com conteúdos que cumprem com a regra da infoacessibilidade. Download disponível aqui.
Um Destino Mais #Bikelife
Já as Aldeias Históricas enquanto “destino mais #Bikelife” foram apresentadas pelo presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, que deu conta de que o organismo “assumiu o compromisso de acompanhar tecnicamente o mapeamento do nosso território como destino para o turismo em bicicleta”, identificando também os melhores percursos – de estrada e montanha – e certificando-os consoante os vários graus (4) de dificuldade. As Aldeias Históricas de Portugal são, para isso, um “local de excelência” onde a Federação Portuguesa de Ciclismo conseguiu “classificar perto de 3.500 quilómetros de percursos, ou seja, quase 50 percursos cicláveis”.
Delmino Pereira refere ainda que “a tecnologia associada à bicicleta tem evoluído muito e, de facto, não é possível que estes destinos possam ser potenciados sem termos acesso a uma rede de internet e às novas tecnologias”. Descreve o ciclismo enquanto atividade que permite: “Viver um turismo de sensações, da paisagem, dos caminhos, dos monumentos e castelos, das pessoas, onde se pode sentir o vento, calor e a sombra, o frio e a lareira. Os cheiros e sabores, o som e o silêncio.”
Este trabalho conjunto com a Federação Portuguesa de Ciclismo resultou na criação de uma Rede de Percursos Cicláveis – os tais 3.500 quilómetros divididos por 46 percursos -, a maior de todo o país. Está também em fase de conclusão um Guia de Percursos Cicláveis das Aldeias Históricas.