Alentejo é hoje procurado por um turista “mais culto, exigente e com maior poder de compra”

O turista que visita a região do Alentejo/Ribatejo é hoje “mais culto, exigente e informado” e tem um poder de compra superior. Quem o afirma é o presidente da Entidade Regional do Alentejo/Ribatejo que, em entrevista ao Ambitur.pt, reforça a previsão de 2016 ser mais um ano positivo para a região. “Temos subido de forma consequente nos últimos sete anos. Tirando 2012, tivemos sempre o melhor ano turístico de sempre, com subidas no mercado interno. Aliás, não só subimos naquilo que foram as dinâmicas da procura, como se alterou de forma significativa o perfil do turista que visita o Alentejo e o Ribatejo, porque todos os indicadores subiram”, afirma.
Segundo Ceia da Silva, os resultados dos estudos que têm vindo a ser feito ao perfil do turista que visita esta região de Portugal mostram que o Alentejo/Ribatejo conta atualmente com um “turista que exige melhores serviços, mais qualidade e mais qualificação”. Dando conta de que é este o perfil que interessa a região, o presidente da entidade explica que é este “o turista que acaba por procurar a animação turística, os pacotes turísticos, acaba por procurar os locais de interessa turísticos e ficar mais tempo”. Uma realidade que exige por isso um maior “esforço” dos diversos players do setor da região e quem tem vindo a ser feito pela entidade regional em “grande articulação com os empresários e autarquias nos últimos anos”.
Alentejo com grande investimento privado
Segundo António Ceia da Silva, o facto “do Alentejo estar a transformar-se num destino de excelência” tem atraído muito o investimento privado. “No último quadro de apoio comunitário de apoio foram investidos 394 milhões de euros só no âmbito do setor privado e no âmbito das candidatura ao sistema de incentivos, portanto, o turismo foi setor no Alentejo que no âmbito do sistema de incentivos teve mais de 50% de utilização dos fundos pelo setor do turismo”, refere o responsável, acrescentando que, “nos investimentos no âmbito do PRODER, só no concelho de Odemira foram investidos quatro milhões de euros em vinte novas unidades de alojamento de turismo em espaço rural, ou seja, houve de facto uma grande qualificação, um grande investimento e uma grande melhoria da oferta e isso partiu do setor empresarial que viu que este é um destino apelativo, onde tem subido a procura e que tem hoje um turista cada vez mais relevante para a região. O turismo tornou-se um setor apetecível nesta zona”.