Alentejo e Ribatejo precisam de “novas estruturas” de apoio ao turismo

São 76 percursos cicláveis, incorporados nos oito Centros de Cycling. A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERT Alentejo e Ribatejo) prevê assim que, até ao final de 2020, estejam disponibilizados a todos os visitantes 3.100 quilómetros, dos quais 1.369  de BTT, 931 de estrada e 805 de gravel (caminhos não pavimentados). 

André Martins, gestor da Bike Tours Portugal,e participante do mais recente Webinar Ambitur “Alentejo no Horizonte”, que contou com o apoio da ERT Alentejo, avalia este projeto como “muito importante e estruturante” para a região, acreditando que vai “fomentar e desenvolver um novo tipo de turismo” e, em simultâneo, “trazer outro tipo de turista”. O gestor acredita que, numa primeira fase, será o “público nacional” mas, depois, através da promoção que já tem vindo a ser feita e que está agora a ser comunicada, vai “trazer turistas de fora”, o que, na verdade, “é o que interessa”, até porque “o turismo é uma indústria importantíssima para a exportação portuguesa”.

Além da “promoção” e do “nome” que se está criar no Alentejo, inclusive com estes “novos produtos” com marca da região, o responsável espera que, no futuro, se “possa assistir a um novo desenvolvimento” de “novas unidades e de estruturas” de apoio ao turismo. André Martins dá como exemplo “novos hotéis”, até porque “há zonas do Alentejo que continuam a ser muito complicadas de lidar”, dificultando a “progressão do produto: as pessoas que caminham e pedalam não têm interesse em ser transferidas numa viatura”.

André Martins manifestou o desejo de que os vários produtos de cycling e BTT, além dos percursos pedestres ou os Caminhos de Santiago e de Fátima, sejam “mais uma alavanca” para a região, subindo “mais uns degraus” na qualidade do setor quer na região, quer a nível nacional. 

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