Alentejo: Em 2022 “o negócio turístico poderá atingir valores da ordem de grandeza do que se verificou em 2019”

Ambitur abordou as várias regiões do país de forma a saber que prioridades e desafios apontam para o desenvolvimento do turismo e quais as expectativas em relação aos próximos tempos.

Vítor Silva, presidente da presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, admite que a grande prioridade da região face ao atual contexto pandémico é recuperar os danos provocados pela crise.

Deste modo, aponta como fundamental tentar manter o nível de procura de residentes em Portugal pelo destino Alentejo e Ribatejo em 2020 e 2021, “que contribuíram quase inteiramente para manter a atividade turística, sabendo que, com a previsível possibilidade de viajar com menores restrições, muitos portugueses voltarão a passar férias no estrangeiro”.

Por outro lado, e embora a entidade regional nunca tenha deixado de estar presente nos mercados internacionais, embora quase exclusivamente online, “temos de reavivar pela presença física (feiras, workshops, roadshows e outras ações) a perceção dos valores e dos produtos da nossa região, num contexto em que todos os destinos vão concorrer de uma maneira reforçada tentando recuperar das perdas sofridas nos dois últimos anos”, explica o responsável.

Por fim, Vítor Silva recorda que é fundamental apoiar as empresas para que estas, num contexto de recuperação, “mantenham os níveis de qualidade de serviço com que temos servido os turistas que nos visitam”.

O presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo acredita que, se a situação pandémica a nível mundial estiver relativamente controlada até ao princípio da primavera, “o negócio turístico poderá atingir valores da ordem de grandeza do que se verificou em 2019”. Já 2021, em termos de receitas, assistiu a uma recuperação de cerca de 85% do que se perdeu devido à crise, esclarece, isto no setor do alojamento e da restauração. No que diz respeito ao setor da animação turística, não consegue contabilizar as perdas mas garante que foram “muito maiores”. E sem dúvida que a recuperação sentida se deveu, na sua maioria, aos turistas residentes em Portugal.

Vítor Silva refere ainda que o empresariado, de uma forma geral, “tem mostrado uma grande resiliência face aos momentos muito difíceis que tem atravessado” e que está “altamente motiviado para voltar a fazer do turismo uma montra de excelência da região”, isto numa altura em que todos esperam que 2022 já perimta uma atividade turística próxima do normal. Por outro lado, acrescenta, tanto dentro como fora da região “a confiança nas suas potencialidades não foi abalada pela crise pandémica pois os investimentos e as intenções mantiveram-se nos níveis elevados que já vinham de antes”.