Alentejo na Fitur (I) com José Pedro Calheiros

Aproxima-se mais uma Fitur e a Ambitur vai a caminho de Madrid, com o Turismo do Alentejo, para mais uma presença na feira internacional de turismo da Ifema. Quisemos saber junto de alguns empresários da região o que esperam de mais uma edição. José Pedro Calheiros, fundador e diretor geral da SAL Sistemas de Ar Livre, empresa de animação turística criada em 1996.

Quais as expectativas com que encara a sua presença na FITUR ?

As feiras de turismo são hoje locais muito importantes para travar conhecimentos, discutir ideias, tomar inspiração sobre as novidades, fazer benchmarking e perceber tendências.

A FITUR tem uma importância fulcral para o Alentejo pela coincidência de oferta concorrencial de algumas das suas regiões bem como com o enorme mercado que representa, todo ele sempre muito encantado com Portugal.

O mercado espanhol é importante para a vossa atividade?
Espanha representa em número e em interessados um mercado imenso de amantes do Turismo de Natureza e do Turismo Cultural, sendo que a maior parte ainda não teve acesso a estes produtos no Alentejo.

Podemos dizer que é, assim, o mais importante mercado internacional em número de consumidores, pese embora a necessidade de se produzir uma oferta de maior valor acrescentado.

O que o Alentejo tem de melhor para mostrar ao mercado espanhol? O que não perder a quem visita a vossa região?

O Alentejo é uma enorme surpresa para os espanhóis, com exceção de um pequeno nicho de residentes próximos da fronteira.

No território tudo é novidade para a maior parte dos turistas espanhóis, a começar nas paisagens, na gastronomia, da forma como se valoriza o património, na organização territorial e na autenticidade e atenciosidade.

Além dos grande ícones territoriais que devem ser percorridos numa primeira visita, o Alentejo oferece um turismo imersivo na forma de vida autêntica das gentes e do património, desde que devidamente enquadrados pelos agentes locais.

Dentro da atividade da vossa empresa, quais as apostas para este ano, se terão algumas novidades ao mercado?

A aposta principal será na consolidação da Rede de Percursos Pedestres TransAlentejo e na oferta de programação coincidente com a estruturação do território como destino de caminhadas.

Que expectativas de negócio existem para o ano em curso?

A incerteza é muito grande a três níveis – regresso da pandemia COVID19, guerra da Europa e inflação – pelo que ninguém sabe como vão evoluir os negócios de forma global.

No entanto, consideramos que estas três ameaças são sempre grande oportunidades para o Turismo, pois haverá sempre quem queira aliviar as restrições e fugir da guerra bem como ter mais disponibilidade financeira pelo aumento dos preços.

A excelente imagem de Portugal, o crescimento da oferta, a liberalização da oferta e a descontração no controlo, a segurança e o clima vão continuar a fazer crescer o turismo em Portugal.