No Alentejo, como no resto do País e Mundo, a situação do surto de Covid-19 e do seu impacto no Turismo é “verdadeiramente dramática”, como descreve António Ceia da Silva, presidente da Entidade Regional do Turismo (ERT) do Alentejo, à Ambitur.pt. A região está, sobretudo, preocupada com os pequenos empresários mas confia que o Alentejo será uma “região privilegiada” no momento de retoma.
António Ceia da Silva afirma que “estamos numa situação verdadeiramente dramática”, marcada por momentos “incontroláveis”, que nenhum entidade consegue gerir. No entanto, o Turismo do Alentejo tem a competência de prestar um “grande apoio ao mundo empresarial”, nomeadamente, no sentido de informar e animar o setor.
O responsável realça que a ERT que tutela tem estado em contacto com a Secretária de Estado do Turismo e com o Turismo de Portugal “no sentido de podermos, ao máximo, divulgar as medidas para ajudar a malha económica”. O responsável defende que, em cada região, as ERT são “os portadores” dessa informação para cada um dos empresários e outros players do setor. Além disso, na sua opinião, os representantes das Entidades de Turismo têm ainda assumido o papel de “psicólogos” cujo objetivo é dar “ânimo” ao setor visto que as empresas estão, obviamente, preocupadas com toda a situação.
Mas a maior preocupação do Turismo do Alentejo são as centenas de milhares de “micro e pequenos empresários” da região, que têm negócios familiares como café, pastelaria ou restaurante, que “criam o seu próprio emprego” e outros postos de trabalho, reflete Ceia da Silva. Defende ainda que se tem de “procurar encontrar soluções de comunicação” pois são “pessoas que, muitas vezes, não têm ainda informação digital”.
O Alentejo será uma “região privilegiada” para a retoma turística
Importa também “estarmos atentos ao evoluir da situação e trabalhar no retomar”, afirma o responsável, para quando a pandemia tiver fim “estarmos preparados com um conjunto de projetos de promoção, animação e estruturação do produto prontos a arrancar”. A Organização Mundial de Turismo (OMT) estima que serão necessários cerca de dois anos para retomar a confiança em viajar, internacionalmente, e com essa preparação Ceia de Silva acredita que “possamos atenuar esse tempo”.
O presidente do Turismo do Alentejo acredita que “a seguir à tempestade vem a bonança” e mostra-se convicto de que “as pessoas estarão mais desejosas do que nunca de dar um abraço, de viajar e conhecer”. Nesse momento de retoma, o presidente da ERT considera que o Alentejo será uma “região privilegiada” com o sossego, a tranquilidade e a segurança que oferece a quem o visita e que serão “aqueles que o turista irá procurar futuramente”.