Alentejo/Ribatejo avança em abril com a certificação do alojamento

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo avançará, em abril, com a certificação do alojamento da região. Esta é uma das medidas que constam no plano estratégico da região para o período 2014/2020 que só este ano começa a ser executado devido “ao atraso (de dois anos) dos fundos estruturais”. Em entrevista ao Ambitur.pt, António Ceia da Silva, presidente da entidade regional, explica que o objetivo é “certificar entre 2016 e 2017 cerca de 100 unidades de alojamento num processo que é muito consequente, não especificamente para certificar, mas para qualificar, ou seja, há um conjunto de regras, um referencial de certificação, e aquilo que nós queremos é que as unidades possam melhorar a sua qualidade, as suas infira-estruturas, que seja diagnosticado nesses relatórios de certificação aquilo que é necessário alterar para obter a certificação, e teremos de certeza melhores unidades daqui a dois anos”. Este é um processo que se estende até 2020 e que prevê, num segundo momento, a certificação do turismo rural, das empresas de animação turística, dos locais de interesse turísticos,etc. Ou seja, acrescenta Ceia da Silva, “é um processo que vai decorrer de forma continuada até 2020, eventualmente com este atraso de dois anos no quadro comunitário, até 2022”.

Já a ser implementada está a criação das redes de oferta. Assumindo que não será uma tarefa fácil “pôr os empresários a trabalhar uns com os outros”, Ceia da Silva explica que é, no entanto, uma prática “decisiva” para o sucesso da região. “São redes que vão ter uma abrangência subterritorial. Queremos que haja uma grande ligação entre alojamento, animação turística, ec, e que se possa criar produto”, afirma o responsável, acrescentando que , em cada um dos sub territórios será estudado quais os produtos que “têm mais potencialidades de vir a ser estruturados e que têm mais condições de chegar à tour operação e à venda”.

Outra das linhas decisivas é o “Alentejo/Ribatejo 4.0”. Segundo Ceia da Silva, haverá “uma autêntica revolução, quer no que são hoje os materiais que já temos e que queremos reestruturar, quer nas novas linhas de intervenção que serão criadas”. Este será um trabalho feito em “grande articulação com a agência regional do Alentejo/Ribatejo para os mercados externos”.

Por último, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo/Ribatejo, destaca o “rebranding” que será feito à marca da região. Será criada uma nova linha de promoção e marketing, que implicará alterações ao nível, não só da imagem da marca, como do seu posicionamento, estratégia e materiais. O objetivo é conseguir “chegar melhor aos mercados”. “Os mercados hoje em dia evoluem de uma forma muito célere e nós temos que acompanhar a nova dimensão da procura. Para isso temos que dotar toda a nossa linha de intervenção”, explica o responsável. Na semana que antecede a BTL, a região de turismo lançará para o mercado uma nova campanha promocional de marketing operacional que, nas palavras de Ceia da Silva, “virá a ser premiada pelas estruturas de marketing e marketeers”.

No que diz respeito aos já anunciados planos operacionais estratégicos que a região está a desenvolver – para o turismo cinegético, turismo equestre, património da humanidade, touring cultural e paisagístico, náutico, e sol e mar – António Ceia da Silva afirma que “deverão estar concluídos até ao final de março”. “Ao longo destes anos, estruturámos o produto “gastronomia e vinhos e turismo de natureza”, agora vamos avançar para estas intervenções”, acrescenta.