Algarve: “Precisamos de um esforço para manter estes números”

Esta é a convicção do presidente da Entidade Regional do Turismo do Algarve, Desidério Silva, que tenta sensibilizar o Governo e deputados para uma anulação dos cortes anunciados de três milhões de euros para as entidades regionais no Orçamento do Estado para o próximo ano.

 

De acordo com Desidério Silva, “estamos em contacto com vários membros do Governo e deputados no sentido de sensibilizar para que não existam os cortes anunciados na proposta de Orçamento de Estado para o próximo ano”, no que diz respeito às Entidades Regionais de Turismo. Para o responsável “estes cortes fazem toda a diferença na nossa capacidade de intervir em termos da promoção do destino, ainda para mais tendo em conta que a região também não tem a hipótese de recorrer a verbas comunitárias”.

 

Para o presidente do Turismo do Algarve, “o corte previsto de três milhões de euros para as entidades regionais, que espero que não seja um corte cego, mas sim depois de uma avaliação dos resultados obtidos por cada uma das regiões este ano, pode ter um forte impacto no Algarve. As negociações continuam e na próxima semana haverá mais reuniões em Lisboa”.

 

A pretensão do Algarve é que não haja cortes em relação ao Orçamento deste ano, “esta é justificada pelos números deste ano, em que atingimos números extraordinários ao nível de receitas, dormidas e proveitos”, acrescenta Desidério Silva. O responsável alerta ainda para que “não se penalize quem investe e tem resultados. No Algarve vamos ter até ao final do ano cerca de 1 milhão e meio de dormidas a mais do que se verificou o ano passado”.

 

 

Concluindo o responsável adianta que “precisamos de um esforço para manter estes números, estamos a falar na promoção do mercado interno alargado (Portugal e Espanha), este é o objectivo ao nível da promoção da entidade regional. Este ano estes mercados cresceram cerca de 22%, se não tivermos meios nem formas de comunicar nestes mercados corro o risco da região ser ultrapassada por outras que o façam”.