Esta terça-feira, 12 de setembro, são apresentadas as conclusões finais do estudo aprofundado sobre o Alojamento Local em Portugal, que a NOVA SBE realizou a pedido da ALEP. Foi desenvolvido pelos economistas e investigadores Pedro Brinca, João Bernardo Duarte e João Pedro Ferreira.
As ideias retiradas são de que o Turismo foi um dos motores de crescimento da economia portuguesa e este deveu-se ao Alojamento Local, que representou cerca de 40% das dormidas turísticas e cujas despesas de hóspedes cresceu 57% entre 2016 e 2019.
O estudo estima que o efeito multiplicador das despesas dos hóspedes alojados em AL em 2019 contribuiu para 6,2% do emprego nacional e 4,6% do PIB.
Em termos de Emprego, o impacto das despesas dos turistas hospedados em AL contribui com 316 mil empregos na economia e, considerando estas mesmas despesas dos hóspedes do alojamento local, em média, cada unidade de AL ajuda a criar 3,8 empregos na economia nacional.
No que diz respeito à caracterização do AL, o estudo mostra um setor muito fragmentado e de perfil de autoemprego com 80% dos titulares a ter entre uma e três unidades e 46% dos mesmos a obter um rendimento inferior a 1.000€ por mês. Por outro lado, mostra um setor qualificado onde 75% tem licenciatura ou mais.
No que diz respeito ao “Programa Mais Habitação”, a grande maioria diz que não considera a possibilidade de colocar o imóvel para arrendamento (apenas 13% ponderam esta possibilidade) e uma parte importante dos inquiridos revela que existe o risco de vir a encerrar a atividade. Esta expetativa de encerramento é alarmante tendo em consideração que o AL é uma parte importante do rendimento para muitos e que 73% tem mais de 45 anos, pelo que teriam grande dificuldade de voltar ao mercado de trabalho.