Alojamento Local nos Açores volta a registar descida nas dormidas pelo segundo mês consecutivo

Pelo segundo mês consecutivo, o número de dormidas no alojamento local dos Açores registou uma variação negativa. Depois de dezembro, também em janeiro o total de dormidas desceu 4,4% no arquipélago.

Corvo, Graciosa, Terceira, Santa Maria e São Miguel foram as ilhas onde o número de dormidas desceu, fazendo com que, mesmo com números positivos nas restantes ilhas, o total de dormidas ficasse nas 42.314.

Segundo o Serviço Regional de Estatística dos Açores, “das respostas declaradas no mês de janeiro, 65,6% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes”.

Estes números vêm confirmar aquilo que a Associação do Alojamento Local (ALA) tem vindo a alertar nos últimos meses, perante a redução do número de ligações aéreas da Ryanair.

Ainda em janeiro, no 2.º Encontro do Alojamento Local dos Açores, o Presidente da ALA afirmava que “com o recente encerramento da base da Ryanair no final do ano passado, prevemos um impacto negativo no primeiro trimestre de 2024, afetando especialmente o Alojamento Local”, o que está agora a ser confirmado.

Perante os números de janeiro e as previsões para fevereiro e março, a ALA alerta para a necessidade urgente de atuação do Governo dos Açores e da VisitAzores, aumentando significativamente a promoção do Arquipélago no exterior, de forma a gerar mais fluxo de turistas para os Açores e assim tentar minimizar as perdas.

A acrescentar a esta realidade, nesta última quinta-feira chegou a notícia de que a Ryanair não tem voos programados de e para os Açores para o próximo inverno IATA (de fim de outubro a fim de março).

“A confirmar-se, a ausência desta companhia aérea nos Açores, durante quase seis meses, será um duro golpe na economia da Região, onde se inclui o alojamento local, acentuando ainda mais a sazonalidade do turismo nos Açores. A preocupação aumenta ainda mais, quando temos pela frente a privatização da Azores Airlines, com todas as dúvidas e incertezas em relação ao futuro da companhia e das ligações de e para os Açores”, pode ler-se no comunicado da ALA.