São cinco as grandes incógnitas que a ANA Aeroportos de Portugal aponta para a recuperação da atividade do transporte aérea e do turismo, que se devem tomar em consideração no longo prazo. Francisco Pita, administrador e CCO da ANA, durante o debate “Turismo COVID-19: Preparar o Futuro”, promovido pela Deloitte, durante o dia de hoje, enumerou-as. A primeira questão é saber que “comportamentos” que o período de quarentena da Covid-19 obriga as sociedades a terem serão transformados em mudanças estruturais; a segunda é perceber-se o impacto desta situação no turismo sénior. Indica ainda Francisco Pita que outra incógnita é que impactos irão derivar no turismo massificado. Por outro lado, ao nível do tráfego de negócios, quais as consequências com a aceleração do teletrabalho e da digitalização nas empresas. Por fim o que o distanciamento significará para cada um de nós no final desta crise.
Para o administrador da ANA, estas são questões que levam a uma “dificuldade em antecipar cenários”, apesar do “compromisso existente em restaurar a confiança e a conectividade aérea”. Aliás, este é um dos pontos assentes para a ANA, “dar um contributo para os passageiros recuperarem confiança no transporte aéreo”. Por outro lado, indica Francisco Pita, “recuperar a conetividade aérea a que estamos habituados”, sendo um dos objetivos garantir que no verão os aeroportos nacionais estejam prontos “para receber passageiros em segurança”.
Acrescenta o responsável da ANA que “não se pode perder o que se conquistou, e Portugal estar a ser considerado um case-study na emergência sanitária só ajuda”. No entanto, Francisco Pita alerta: “atenção que os processos (futuros) não podem ser inibidores do transporte aéreo, não de pode andar de avião como se vai a um hospital”.
Relativamente à conectividade, indica o orador que terá que haver uma atuação conjunta e coordenada entre aeroportos, assegurando, ao mesmo tempo, que toda a cadeia de valor tem de apresentar segurança (dos aviões aos hotéis). Isso obrigará a uma “elevada coordenação entre vários agentes do setor”. Por outro lado, esta conectividade também obrigará a um trabalho entre todas as companhias aéreas, na abertura de mercados, de forma a que esse trabalho corresponda ao que os próprios mercados procuram.
Conclui Francisco Pita que “os passageiros terão que se adaptar a uma nova forma de viajar”.