Congresso AHP: ANA prepara modelação ambiental que incidirá nas taxas aeroportuárias

Francisco Pita, administrador da ANA Aeroportos, participou no 31º Congresso Nacional da Hotelaria e Turismo, que decorre em Viana do Castelo, no painel “Game Changing: a transformação da Indústria da Aviação e as implicações para Portugal”. O responsável dividiu a sua intervenção em dois blocos, sendo que no primeiro deles pretendeu dar a conhecer aos agentes da atividade turística nacional “O que faz um gestor aeroportuário?”. Também foi nesta ocasião que o responsável, respondendo a um repto lançado por José Lopes, Country manager da easyJet para Portugal (colega de painel), adiantou que a ANA Aeroportos está “a trabalhar numa modelação ambiental de taxas exatamente relacionadas com a redução de carbono”.

Relativamente à intervenção, Francisco Pita abarcou pois o desafio de explicar “o que faz um gestor aeroportuário?”, ou seja, de dar conta dos vários vetores sobre os quais a ANA Aeroportos tem intervenção no espaço que gere. Considera o responsável que “temos uma atividade que acaba por não ser muito diferente da atividade de gerir um hotel. Gerimos uma infraestrutura e prestamos um serviço; a grande diferença talvez tenha a ver com o facto de a maior parte dos serviços que se passam na nossa infraestrutura não são diretamente da nossa responsabilidade”. Sendo assim, para o administrador “temos um vetor de trabalho que passa pelo cumprimento de normas e regulamentação. Tudo o que tenha a ver com a coordenação da operação, segurança e acima de tudo com o ambiente”. Segue-se o vetor de trabalho sobre o desenvolvimento e investimento de infraestruturas, tráfego aéreo, da oferta comercial e da experiência do passageiro. “Tudo isto não o fazemos sozinhos, mas sim com um conjunto alargado de entidades que são nossos parceiros e/ou clientes, naquilo que é um ecossistema verdadeiramente complexo”, indica Francisco Pita, que acrescenta que “quis trazer esta mensagem porque muitas das vezes não há a perceção do que faz um aeroporto”. Para o orador “temos que garantir que tudo se passa de uma forma harmónica, naquilo que é este ecossistema. Este ainda se torna mais complexo quando esta realidade muda de aeroporto para aeroporto”. Acrescenta o responsável que a Vinci gere hoje uma rede de 46 aeroportos, desde um dos maiores aeroportos da Europa, a um dos mais pequenos na Costa Rica. “Isto dá-nos uma experiência importante na gestão e vantagens no efeito de rede, de potenciar tráfego, de trabalhar em conjunto e em rede com os nossos colegas de outros aeroportos”, concluiu.