Aniversário Ambitur: “Estamos a reconstruir um turismo que gerará ainda mais valor”

O 31º aniversário da Ambitur serviu de mote para sabermos qual a visão da secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, sobre o futuro do turismo nacional. Ao longo das próximas semanas vamos publicar outros artigos de opinião também dos Conselheiros Ambitur, assim como do presidente do Turismo de Portugal e da nova equipa de gestão da TAP. Quais são então os caminhos a seguir? Ficam aqui algumas pistas…

Por ocasião da celebração de mais um aniversário da Ambitur, devemos refletir sobre a evolução do turismo em Portugal, perspetivando o futuro!

Estes 31 anos mostram que o turismo tem sido um setor prioritário para a estratégia de desenvolvimento do país. Um setor que se mostrou fundamental na recuperação e crescimento na década passada, pode contribuir não só para a recuperação pós pandemia como também para o cumprimento das metas definidas para o país para esta década, reforçando a sua competitividade internacional.

Os desafios são porém muitos, conforme expressamos no Plano Reativar o Turismo | Construir o Futuro.

Com efeito, o impacto avassalador da pandemia tornou imperativo o lançamento, num primeiro momento, de mecanismos que apoiem as empresas, que promovam a sua sustentabilidade financeira e que apoiem o investimento, fomentando a competitividade e um clima de segurança. Por outro lado, a prioridade passa também por gerar negócio, num cenário de uma crescente concorrência com a regularização da mobilidade internacional, exigindo uma posição reforçada e de vanguarda na comunicação do destino, assim como na reposição da capacidade aérea. E, sobretudo, impõe-se criar as condições para, a médio e longo prazo, promover-se uma verdadeira transformação do setor do turismo e posicioná-lo num patamar superior de desenvolvimento, mais sustentável, mais responsável e capaz de gerar mais valor acrescentado.

Para construir o futuro – um bom futuro! – há que desenvolver as competências e robustecer as qualificações dos recursos humanos do setor, promover a captação e atração de talento, assim como revigorar as competências de gestão. Este é um dos aspetos que considero prioritário para que tenhamos empresas mais competitivas e mais resilientes, e para que consigamos um aumento do bem-estar entre os trabalhares do turismo e dos residentes nos territórios onde se desenvolve esta atividade. Para este propósito apostamos fortemente no potencial da rede de 12 escolas de hotelaria e turismo do Turismo de Portugal, e também no potencial da oferta de formação digital, cujo sucesso ficou bem visível durante este período de pandemia.

Mas é também essencial robustecer a oferta, promovendo a inovação, a eficiência e a produtividade, transportando-a para patamares mais elevados de criação de valor, dando resposta às novas tendências da procura. Para tal é prioritário promover a transformação digital e a transição para um setor mais sustentável, o que reafirmamos com o reconhecimento do Digital Innovation Hub InnovTourism e com a implementação de centenas de ações no âmbito do Plano Turismo + Sustentável 2020-2023 em 2021.

Neste ponto destaco o projeto Turismo Sustentável – um melhor destino para [com] todos, implementado em 2021, assim como o reforço da oferta de produtos que poderão reduzir a sazonalidade e levar o turismo a todo o território (de que são exemplos o turismo industrial, o enoturismo, o turismo literário, o walking and cycling, o turismo religioso), objetivos estes que se encontram expressos também nas linhas de financiamento já lançadas (Linha de Qualificação da Oferta) e nas que viermos a lançar.

Com base nestes pilares, e sempre ambicionando a liderança a nível internacional, estamos a reconstruir um turismo que gerará ainda mais valor, que terá ainda mais propósito, e que proporcionará as melhores experiências ao turistas, recompensando devidamente, empresas, residentes e todos aqueles que todos os dias dão tudo por este setor. E somos muitos!