Aniversário Ambitur: “Somos um país SEGURO – Esta é a nova palavra de ordem”

O 31º aniversário da Ambitur serviu de mote para sabermos qual a visão dos Conselheiros Ambitur sobre o futuro do turismo nacional, neste momento que muitos consideram ser de viragem da confiança do consumidor. Para se ter uma perspetiva ainda mais abrangente do que se pode passar nos próximos temos no negócio turístico nacional, acrescentámos ainda a posição institucional da secretaria de Estado do Turismo e do Turismo de Portugal, assim como a análise da nova equipa de gestão da TAP. Fica aqui o testemunho de Mafalda Bravo, country manager do Grupo Ávoris em Portugal.

Numa perspetiva mundial, e pela primeira vez, temos de fazer uma ligação direta entre a capacidade do nosso sistema de saúde e o turismo nacional. Para uma recuperação mais fácil, célere e mais eficiente, precisamos de protocolos COVID mais simples, com normas sanitárias claras e adaptadas à realidade atual. As regras ainda são muito confusas e as pessoas retraem-se nas viagens de lazer.

A nível europeu, precisamos que haja um alinhamento CE no que concerne os protocolos de circulação entre países comunitários. Se nos apresentamos como um grupo, devemos funcionar como um grupo…

A nível nacional, precisamos urgentemente de aumentar a disponibilidade e a capacidade aérea em Portugal. Mas todos sabemos que este é um ponto a considerar a médio/longo prazo.

Agora que temos cerca de 85% da população totalmente vacinada, temos de relançar o nosso turismo com base nesta taxa de sucesso que é reconhecida mundialmente. É um trunfo que temos de usar. Utilizar as nossas mais-valias como base de lançamento: temos uma taxa muito elevada de vacinação, temos elevados standards de higiene e segurança, como tal, somos um país SEGURO. Esta é a nova palavra de ordem, e é por aqui que devemos relançar a nossa competitividade.

O turismo português pré-COVID estava em alta. O nosso país é o mesmo: somos acolhedores, dotados de uma beleza natural imensa, e continuamos competitivos. Temos de voltar a esse ponto e continuar a crescer a partir daí, com muito marketing e promoção da procura.

O setor do turismo precisa de um esforço conjunto de instituições privadas e públicas. De um grande apoio financeiro para a retoma. Não bastam os apoios que foram apresentados para abrandar a queda. São precisos apoios. Temos que aumentar o enfoque na produtividade e competitividade, não só para voltar ao ponto em que estávamos, como também para continuar o crescimento que estava a ser visível e reconhecido. Percebemos no pré-COVID que conseguimos ser um país produtivo e competitivo a nível de turismo, precisamos de voltar a esse ponto. Temos as ferramentas. O que falta? Talvez um maior esforço, arriscar mais, continuarmos a divulgar as nossas mais-valias.

Atualmente, o maior desafio do setor é reparar estragos… Temos de tentar eliminar o impacto negativo da pandemia, elevar impactos considerados como positivos. Perceber o que temos de ajustar para voltar a crescer. Planear e coordenar o relançamento do setor , através da transformação digital aplicando a automatização de processos.

Temos de apostar numa comunicação fácil e estruturada (antes, durante e após a estadia),numa colaboração entre DMO regionais em novas áreas de crescimento.

O turismo é uma das fontes principais de rendimento do nosso país, e está pouco apoiado. O planeamento deve ser conjunto e bem coordenado para ajudar a relançar o setor.

Também temos que ter em consideração a agenda 2030 da Nações Unidas “SDG “. Ter um compromisso sustentável com o planeta!